A MELHOR VERSÃO DELE NA DEVISTA
Revista Devista: Vitor
Tavares - Uma Jornada de Superação e Sonhos Realizados
Foto da capa e ilustração da entrevista, créditos para @eloleskiosfotografia
Nesta edição da Revista Devista, mergulhamos na vida inspiradora de Vitor Tavares, também conhecido como João Vitor Tavares Queiroz, um jovem talento do mundo da beleza que está prestes a representar a cidade de Cascavel, no concurso Mister Paraná CNB 2023. Vitor Tavares é um exemplo de determinação, superação e busca constante pela melhor versão de si mesmo.
Revista
Devista: Nome completo e nome artístico?
Vitor
Tavares: João Vitor Tavares Queiroz é meu nome completo, mas sou
mais conhecido como Vitor Tavares.
Revista
Devista: Cidade onde nasceu e onde mora?
Vitor
Tavares: Nasci na acolhedora cidade de Capanema, no Pará, e
atualmente moro em Cascavel, no Paraná.
Revista
Devista: Com quantos anos descobriu o mundo da beleza e quem te
apresentou esse mundo?
Vitor
Tavares: Aos 13 anos, minha avó gostava de assistir o Miss
Universo e eu sempre ia passar os finais de semana com os meus avós. Em um final de semana, era um domingo, assistíamos
juntos a final do Miss Universo 2012 onde Gabriela Markus nos representou. Eu
estava assistindo o meu primeiro concurso e me apaixonei por esse mundo. Aos
poucos fui me inserindo cada vez mais nele. Em 2017 criei a página império miss
e por ele eu tive um contato ainda maior com esse universo e com várias misses
Revista
Devista: O que te move ser o mister Paraná CNB 2023?
Vitor Tavares: Inspirar vidas! O concurso é um auto desafio diário, onde você busca a sua melhor versão constantemente. Desde muito pequeno eu sonhava em participar, mas eu sempre fui o patinho feio, sofria bullying, era totalmente fora dos padrões. Ao mesmo tempo que eu sonhava eu achava que era impossível por todas essas questões. Eu tinha a vontade, mas não tinha confiança em mim. Além disso eu não tinha o apoio de parte da minha família, existia um grande preconceito com esse sonho. Eu sai aos 20 anos do meu estado em busca de novas oportunidades, o que me fez ter mais confiança em mim. Foi um processo longo, mas eu me venci, venci o preconceito, quebrei os padrões, cheguei na minha melhor versão e hoje estou pronto para disputar o título. Com tudo isso acredito…
Revista
Devista: Como o reinado de Mister Cascavel te preparou para
conquistar o estadual?
Vitor
Tavares: Ser mister Cascavel foi transformador! Aceitei esse
desafio no início do ano. A responsabilidade de representar uma das maiores
cidades do Paraná me fez ir além. Busquei trabalhar todos os pontos necessários
para fazer um lindo trabalho no estadual. Consegui uma excelente equipe de
preparação, envolvendo vários profissionais da área da saúde, estética e
comunicação. Juntos formamos um time e trabalhamos incansavelmente na minha
preparação. Eu dei tudo de mim durante esses 8 meses, olho para tudo que eu fiz
e me orgulho. Sensação de dever cumprindo, muitas vezes fui além do meu limite.
Hoje sou outro João Vitor, me sinto muito mais forte e preparado para representar
o meu estado e levar o Paraná para o Brasil
Revista
Devista: Quais são as maiores dificuldades que você enfrenta
para poder se dedicar ao mundo Mister?
Vitor
Tavares: Ser Mister é uma grande responsabilidade, onde você
precisa se dedicar muito. Uma das dificuldades que encontrei ao longo da minha
preparação foi o tempo e a rotina corrida para conciliar preparação, trabalho,
estudos e ainda os deveres de casa. Com os gastos do concurso eu precisei
trabalhar ainda mais para poder conseguir honrar todos os compromissos, o que
me deixou com o tempo ainda mais corrido. Existiram dias que dormi menos de 4
horas para poder dar conta de tudo. Mas o meu amor por esse sonho é o que me
move, eu não poupo esforços para fazer tudo que está ao meu alcance para
realizá-lo.
Revista Devista: Os Misters, sofrem algum tipo de preconceito ou a mentalidade sobre concursos de beleza já está num mais popular de aceitação?
Vitor
Tavares: Hoje acredito que já evoluiu muito. Mas ainda sim
existe preconceito, pela questão da beleza. Muitos julgam que Mister não tem
inteligência, mas pelo contrário, para ser um Mister você precisa ir além da
beleza, tem que ser inteligente e saber se expressar muito bem. Outro
julgamento é em questão da sexualidade. As pessoas precisam entender que isso
já foi ultrapassado, os tempos são outros, você pode ser hétero ou gay e ainda
sim disputar o título de Mister
Revista Devista: O que mais encanta um candidato a seguir num concurso? O título ou a preparação até o resultado?
Vitor
Tavares: Ambos! O título nos abre portas e oportunidades, além
de amplificar a nossa visibilidade para que assim a gente possa alcançar ainda
mais pessoas. E a preparação nos faz buscar a nossa melhor versão. É uma conquista
diária em cada resultado e isso ninguém tira de nós. O crescimento que temos ao
longo da preparação é único.
Revista
Devista: Como acontece a mudança interna e externa no candidato
até ser um mister, o que o candidato precisa entender e fazer para conquistar o
título?
Vitor
Tavares: Acontece de forma muito natural. Na medida que vamos
percebendo onde precisamos melhorar. Seja intelectualmente, fisicamente ou até
mesmo psicologicamente. Nós precisamos entender que não é um caminho fácil, mas
toda essa preparação é necessária para chegar ao sucesso e no resultado final.
Revista
Devista: Na sua vida pessoal, como o título interfere? Seja
positivo ou negativo?
Vitor
Tavares: O concurso é uma vitrine que nos possibilita ser
vistos. O título de Mister Cascavel me trouxe vários olhares e junto com eles
propostas e oportunidades. Ainda nem passou o meu concurso estadual e eu já
tenho propostas para o meu pós.
Revista
Devista: Você já pensou em desistir?
Vitor
Tavares: Não vou mentir, sim! É desafiador e ao longo do
processo passamos por altos e baixos como qualquer outra pessoa, mas é
exatamente nesses momentos que precisamos lembrar do nosso propósito e o quanto
isso é importante. Mesmo sendo desafiador o meu amor por esse sonho sempre
falou mais alto.
Revista
Devista: Alguma momento de superação para nós contar até chegar
ao mister Paraná?
Vitor
Tavares: Eu não gostava do meu corpo, pesava em torno de 104 kg
antes de sair de casa. A busca pela minha melhor versão fez eu chegar na minha
melhor forma física hoje com 82 kg. Muito mais disposição e saúde, além disso
eu superei o meu próprio destino saindo de uma cidade onde eu não tinha muitas
oportunidades. Saí muito novo, sem qualquer experiência de mundo. Foi
desafiador, uma grande transformação do menino para o homem, que passava a ter
muitas responsabilidades.
Revista
Devista: Nós conte uma história curiosa sobre o Mister Cascavel.
Vitor
Tavares: Quando eu era pequeno eu amava ir à praia, eu ficava
mergulhando por horas. Eu jurava que um dia encontraria uma sereia. Eu
acreditava fielmente que elas existiam na minha cabeça eram como peixes
pequenos, porém com metade humana. Eu ficava procurando nas poças e até mesmo
nas pedrinhas. Jurava que um dia iria encontrar. Fui crescendo e nunca encontrei.
Não que isso tenha me feito não acreditar na existência delas, vai saber onde
elas se escondem né? Nem preciso comentar qual era meu desenho favorito, esse
relato já diz tudo.
Revista Devista: Uma frase
que defina sua personalidade?
Vitor
Tavares: “Nada é mais nosso do que os nossos sonhos.”
Revista
Devista: E uma mensagem para seu público e amigos.
Vitor Tavares: Se você tem
um sonho, acredite nele durante todo o caminho. As vezes temos metas e
objetivos e diante dos desafios desistimos, mas não podemos deixar as
dificuldades nos parar. É exatamente nesses momentos que precisamos olhar para
nossa força e o quão o nosso sonho é importante, para que isso nos fortaleça
durante a caminhada, para que possamos concluir o nosso objetivo principal.
“Nunca, jamais, podemos desacreditar de quem somos ou do que queremos ser.” Somos os únicos responsáveis pelo nosso sucesso e nada e nem ninguém pode determinar o contrário. Você é muito maior e mais forte do que possa imaginar.
Revista
Devista: Por fim poderia dá o serviço do concurso Mister Paraná
para divulgação da sua participação?
Vitor
Tavares: O concurso começa dia 28 e termina dia 29 de setembro, tem
inicio as 20:30 e será transmitido pela página oficial do concurso Mister
Paraná CNB no Instagram. A final acontece no resort Grand Carima - Foz do
Iguaçu – Paraná.
Vitor Tavares: o link do concurso para acompanhar @misterparanacnb
BRASIL FICA NA 3ª POSIÇÃO EM 2023
Mister International 2023: Edward Taiye Ogunniya brilha e conquista o terceiro lugar
No último domingo, 17 de setembro de 2023, o mundo voltou sua atenção para o tão aguardado evento anual do Mister International, onde 40 homens de diferentes partes do globo disputaram o título cobiçado. Com uma seleção rigorosa que envolve declarações pessoais, entrevistas aprofundadas, trajes de noite e trajes de banho, a competição foi acirrada desde o princípio. No entanto, na noite culminando com a coroação do 14º Mister Internacional, Manu Franco, que passou a coroa para seu sucessor.
Entre os concorrentes que chamaram a atenção do público e dos jurados estava o brasileiro Edward Taiye Ogunniya, de 32 anos. O carismático representante do Brasil conquistou a terceira posição na competição, um feito notável que encheu de orgulho os brasileiros e consolidou sua presença no cenário internacional.
Edward Taiye Ogunniya não apenas impressionou com sua aparência cativante e charme irresistível, mas também com seu desenvolvimento nas diversas etapas da competição. Sua personalidade carismática brilhou nas entrevistas aprofundadas, enquanto sua confiança deslumbrante cativou o público durante os desfiles de trajes de noite e trajes de banho. Sua trajetória até o terceiro lugar foi marcada pela dedicação, preparação intensa e talento inegável.
O título de Mister International 2023 foi conquistado pelo modelo e ator tailandês Kim Goodburn, de 24 anos, que demonstrou um desempenho excepcional em todas as fases da competição. Kim Goodburn levou uma coroa para a Tailândia e deixou uma marca indelével no mundo da moda masculina.
O segundo lugar ficou nas mãos do venezuelano William López, de 27 anos, que também impressionou os jurados e o público com sua personalidade e presença de palco.
O desempenho de Edward Taiye Ogunniya no Mister International 2023 não apenas celebra a diversidade e a beleza do Brasil, mas também reforça a importância do evento como uma plataforma para homens talentosos de todo o mundo mostrarem suas habilidades e representarem seus países com dignidade e graça.
Link com resumo da competição
https://www.youtube.com/watch?v=9iFxqXFSHL4
SOMOSARTE ESCOLA COM NOVO PROJETO
Escola SomosArte Anuncia Novos Projetos Cinematográficos: ACREDITE-ME e SEM TRAMA E COM FINAL
Curitiba, 20 de setembro de 2023 - A Escola SomosArte, instituição renomada de ensino externo para a interpretação para TV e Cinema, localizada no coração de Curitiba, na Alameda Augusto Stellfeld - 1308, está prestes a iniciar dois emocionantes projetos cinematográficos que prometem impactar as telonas e dos festivais pelo Paraná e por todo o Brasil.
O primeiro destaque é o aguardado curta-metragem "ACREDITE-ME", que após uma intensa fase de testes e seleção de elenco, agora entre na fase de produção. O filme, programado para iniciar suas filmagens em outubro de 2023, gerou grande expectativa entre os atores e atrizes testados. Com a divulgação dos selecionados, a Escola SomosArte já vislumbra o sucesso deste projeto nas principais mostras e festivais de cinema do país.
"ACREDITE-ME" promete levar os espectadores a uma jornada emocional e reflexiva, explorando temas profundos e atuais. Com uma equipe talentosa e comprometida, a Escola SomosArte demonstra mais uma vez seu compromisso com a formação de atores de excelência e com a produção de obras cinematográficas de alta qualidade.
Além disso, a escola está trabalhando na produção de outro filme igualmente intrigante, intitulado "SEM TRAMA E COM FINAL". Este projeto, que aborda a vida e obra do renomado escritor Anton Tchekhov, conta com a participação da atriz Nilza Cruz e a direção de Elenco do preparador Arnaldo Silveira. O filme tem como protagonista o talentoso ator Agostinho Rosa, prometendo uma interpretação cativante e profunda.
A Escola SomosArte se destaca não apenas por seu compromisso com o ensino de interpretação e a formação de atores, mas também por seu papel fundamental na promoção da cultura cinematográfica em Curitiba e em todo o estado do Paraná. A produção desses dois filmes é mais um passo em direção ao fortalecimento da indústria cinematográfica local e à narração da escola como referência no campo das artes cênicas.
A comunidade cinematográfica e os amantes do cinema podem esperar por obras impactantes e de alta qualidade vindas da Escola SomosArte nos próximos meses. "ACREDITE-ME" e "SEM TRAMA E COM FINAL" prometem emocionar, instigar o pensamento e encantar o público, consolidando a escola como uma das mais importantes instituições de ensino e produção científica do Brasil.
VAMOS FALAR DE ANTON TCHEKHOV
Anton
Tchekhov
Anton Tchekhov foi um
dramaturgo, novelista e contista russo. Ele nasceu em 29 de janeiro de 1860.
Formado em Medicina, exerceu essa profissão concomitantemente ao seu trabalho
de escritor, assinando textos em vários periódicos russos. O autor fez grande sucesso
em seu país, antes de morrer, em 15 de julho de 1904, vítima da tuberculose.
Representante do realismo
russo, Tchekhov escreveu obras marcadas pela objetividade, profundidade e fluxo
de consciência. Assim, seus textos teatrais mais conhecidos são A gaivota e Tio
Vânia. Já “A dama do cachorrinho” é um de seus contos mais famosos. Apesar de o
autor considerar-se apolítico, suas obras fazem um retrato meticuloso da
sociedade russa de seu tempo.
Biografia
de Tchekhov
Anton Tchekhov foi um
importante representante do realismo russo.
Nasceu em 29 de janeiro de
1860, em Taganrog, na Rússia. Seu pai, que trabalhava em uma mercearia, era um
cristão ortodoxo de temperamento autoritário. Assim, o escritor teve uma
educação familiar bastante rígida. Estudou em uma escola local para meninos
gregos e, em seguida, recebeu uma boa educação secundária no liceu Taganrog.
Em 1876, o pai do escritor,
endividado, resolveu fugir com a família para Moscou. No entanto, Tchekhov
permaneceu em Taganrog para terminar os estudos. Sozinho, para manter-se, deu
aulas particulares. Em 1879, mudou-se para Moscou e, em 1882, ingressou na
Faculdade de Medicina. Ele se transformou no principal mantenedor de sua
família. Escrevia, com pseudônimos, anedotas para periódicos. Até que, em 1888,
publicou o livro A estepe e abandonou os textos cômicos.
Em 1890, fez uma expedição,
de carruagem e barco, à ilha de Sacalina, uma colônia penal, ambiente que lhe
causou forte impressão. Essa viagem gerou o livro, de cunho ensaístico, A ilha
de Sacalina (1894), em que analisou o sistema penal russo. Se até o final da
década de 1880, Tchekhov mostrava-se um discípulo de Tolstói no que concerne à
busca de uma vida simples e à não resistência ao mal, já em 1892, rejeitava
essa filosofia de Liev Tolstói (1828-1910), o que ficou claro, por exemplo, no
seu conto “Enfermaria número seis”.
Em 1896, a estreia de uma de
suas peças mais famosas — A gaivota — foi malsucedida. A rejeição do público
foi traumática e, na ocasião, o dramaturgo pensou em nunca mais escrever para o
teatro. Só dois anos depois, a peça foi reencenada e com sucesso.
Em 1897, o escritor foi
diagnosticado com tuberculose. Apesar disso, em 1901, ele se casou com a atriz
Olga Knipper (1868-1959), que continuou a trabalhar após o casamento, que
acabou em 15 de julho de 1904, quando Tchekhov faleceu, na Alemanha, devido à
doença.
Características
literárias de Tchekhov
Anton Tchekhov é um
representante do realismo russo. Em função disso e de peculiaridades do autor,
suas obras apresentam as seguintes características:
Objetividade
Profundidade filosófica
Enredos complexos
Foco no cotidiano
Ironia
Narrativa detalhista
Ausência de idealização
Tendência apolítica
Fluxo de consciência
Obras
de Tchekhov
Teatro
Malefícios do tabaco (1886)
Ivanov (1887)
O urso (1888)
O pedido de casamento (1889)
Tatiana Repina (1889)
Inevitavelmente trágico
(1889)
A festividade (1891)
A gaivota (1896)
Tio Vânia (1898)
As três irmãs (1901)
O jardim das cerejeiras
(1904)
Novelas
A estepe (1888)
O duelo (1891)
A história de um
desconhecido (1893)
Três anos (1895)
Minha vida (1896)
Principais contos
“Flores tardias” (1882)
“História ruim” (1882)
“A calúnia” (1883)
“A consulta” (1883)
“A morte do funcionário”
(1883)
“Alegria” (1883)
“O gordo e o magro” (1883)
“Na barbearia” (1883)
“Do diário de um ajudante
contábil” (1883)
“No departamento dos
Correios” (1883)
“No mar” (1883)
“O porteiro inteligente”
(1883)
“O trágico” (1883)
“O triunfo do vencedor”
(1883)
“Um caráter enigmático”
(1883)
“Um caso da prática
judiciária” (1883)
“Uma criança travessa”
(1883)
“A cirurgia” (1884)
“A leitura” (1884)
“A máscara” (1884)
“A medalha” (1884)
“As ostras” (1884)
“Camaleão” (1884)
“Cantores” (1884)
“De mal a pior” (1884)
“Mau humor” (1884)
“Medidas preventivas” (1884)
“Casamento por interesse”
(1884)
“O álbum” (1884)
“O livro de reclamações”
(1884)
“Uma noite terrível” (1884)
“No cemitério” (1884)
“A arte da simulação” (1885)
“A desgraça” (1885)
“A veranista” (1885)
“Cronologia viva” (1885)
“Casa-se a cozinheira”
(1885)
“Em terras estrangeiras”
(1885)
“Extraviados” (1885)
“O cadáver” (1885)
“O caçador” (1885)
“O pai de família” (1885)
“O pensador” (1885)
“O escritor” (1885)
“O espelho” (1885)
“O uniforme do capitão”
(1885)
“Os malfeitores” (1885)
“Quartos de hotel” (1885)
“Remédio contra a
embriaguez” (1885)
“Tristeza” (1885)
“A corista” (1886)
“O convidado inquieto”
(1886)
“Inimigos” (1887)
“O bispo” (1887)
“Uma aposta” (1889)
“Ladrões” (1890)
“A cigarra” (1892)
“Enfermaria número 6” (1892)
“O monge negro” (1894)
“A esposa” (1895)
“Camponeses” (1897)
“A dama do cachorrinho”
(1899)
“A
dama do cachorrinho”
Em um dos contos mais
famosos de Anton Tchekhov — “A dama do cachorrinho” —, Dmítri Dmítrich Gúrov vê
passar pela calçada da praia uma “jovem senhora, loura, baixa, de boina; atrás
dela corria um lulu-da-pomerânia branco”. Ela costuma passear por ali, sem nenhuma
companhia além do cão. Como não a conhecem, as pessoas passam a referir-se a
ela como “a dama do cachorrinho”.
Gúrov é casado e tem o
hábito de trair a esposa com a “raça inferior”, como ele chama qualquer mulher.
Então, decide puxar conversa com a dama. Ele tem o dobro de sua idade e
descobre que ela é casada, está de férias, e chama-se Anna Serguêievna. Dias
depois, passeiam juntos e, por fim, têm uma relação sexual:
“[...]; havia um ar de
desnorteamento, como se alguém de repente tivesse batido à porta. Anna
Serguêievna, a dama do cachorrinho, em relação ao que acontecera reagiu de um
modo um tanto especial, com muita seriedade, como se aquilo significasse sua
queda — era a impressão que dava, e isso era estranho e descabido. Seu rosto
ficou abatido, murcho; seus longos cabelos pendiam dos lados do rosto; ela
ficou meditativa, numa pose de desalento, parecia uma pecadora de uma gravura
antiga.”
O caso entre os dois
continua. Contudo, o marido de Anna Serguêievna adoece, e ela precisa voltar
para casa. Com o passar do tempo, ao contrário do que Gúrov acreditava, ele não
consegue esquecer a moça, e sua vida começa a parecer-lhe tediosa:
“[...]. Que costumes
selvagens, que caras! Que noites sem sentido, que dias desinteressantes, sem
nada de importante! Frenéticos jogos de cartas, comilança, bebedeira, conversas
sempre sobre o mesmo assunto. Essas atividades inúteis e as discussões
consumiam as melhores parcelas do tempo, as melhores forças, e, no final,
restava uma vida limitada, prosaica, uma idiotice, mas sair dela, fugir, era
impossível, como se a pessoa estivesse trancada num hospício ou numa
penitenciária!”|1|
Gúrov decide ir até a cidade
onde mora Anna Serguêievna. Ele a vê, então, no teatro. Ele e ela se mostram
apaixonados um pelo outro. Passam a encontrar-se num hotel em Moscou. Vivem uma
vida dupla, recorrem à hipocrisia da vida social. Os dois, assim, entregam-se à
ilusão amorosa para fugirem da infelicidade de suas vidas monótonas.
Frases
de Tchekhov
A seguir, vamos ler algumas
frases|2| de Anton Tchekhov, retiradas de cartas datadas de 1888 e 1890 e
enviadas a Aleksei Suvorin (1834-1912):
“O artista não deve ser o
juiz de suas personagens.”
“A
multidão pensa que sabe tudo e entende tudo; e quanto mais estúpida ela é, mais
amplo parece-lhe o seu horizonte.”
“Às vezes eu prego heresias,
mas ainda não cheguei nenhuma vez à negação absoluta de problemas na arte.”
“O
artista deve julgar apenas aquilo que entende.”
“Se um autor se vangloriasse
diante de mim de ter escrito uma narrativa sem intenção premeditada, apenas por
inspiração, eu o chamaria de louco.”
“Quando
eu escrevo, confio inteiramente no leitor, supondo que ele próprio acrescentará
os elementos subjetivos que faltam ao conto.”
Notas
|1| Tradução de Maria
Aparecida Botelho Pereira Soares.
|2| Tradução de Aurora
Fornoni Bernardini.
Por:
Warley Souza
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