quinta-feira, 2 de outubro de 2025

LUAN ALVES - MISTER SANTA CATARINA DE LAS AMÉRICAS 2025


 

LUAN ALVES

MISTER SANTA CATARINA DE LAS AMÉRICAS 2025


REVISTA DEVISTA – EDIÇÃO ESPECIAL SANTA CATARINA

Por Arnaldo Silveira | Fotografia: Renata Barcelos /Arquivos de Luan Alves


LUAN ALVES: A BELEZA QUE NASCE DAS RAÍZES


Em um tempo em que as conveniências se tornaram o luxo mais raro, Luan Alves surge como um lembrete poético de que a verdadeira elegância vem de dentro — e, muitas vezes, das ruas de cidades pequenas, dos cheiros de terra molhada e do sabor do peixe fresco do mercado. Aos 37 anos, o designer, ilustrador e agora candidato ao título de Mister Brasil de Las Américas 2025 encanta não apenas pela presença marcante, mas pela profundidade com que carrega sua história.

Nascido em Gaspar , em 1988, Luan — como prefere ser chamado — é filho de um gasparense e de uma itajaiense “peixeira de coração” . Essa dualidade geográfica e afetiva moldou sua infância: de um lado, a vida de bairro, com aberturas e vizinhanças que se tornam familiares; do outro, o campo em Itajaí, onde animais, plantações e o ritmo lento do interior ensinavam a ouvir o silêncio com atenção.

“Minha infância foi feita de folclore, comida caseira e histórias contadas à beira do fogão a lenha”, conta ele, com um sorriso que carrega nostalgia e orgulho. “O boi de mamão , as festas juninas com sotaque açoriano, os bordados italianos da vó… Tudo isso está tatuado na minha alma.”

Desde cedo, o papel e o lápis foram seus companheiros inseparáveis. Enquanto outras crianças brincavam de esconderijos, Luan criava personagens, mundos e narrativas visuais que só ele poderia ver — mas que, com o tempo, se tornariam sua profissão. Formado em design , acumula mais de 15 anos de carreira unindo criatividade, estratégia e sensibilidade para transformar ideias em marcas que respiram emoção.


Mas foi em 2025 que sua trajetória ganhou um novo contorno. Ao se inscrever no Mister Santa Catarina de Las Américas , Luan não buscou apenas um título de beleza — ele viu ali um palco para propósitos maiores .

"Não se trata de pose ou perfeição. Trata-se de voz . Quero falar de saúde mental , de inclusão , de deficiências . A beleza, quando carrega propósito, tem o poder de curar, de inspirar, de transformar."

Nas redes sociais, onde reflexões e editoriais autorais, Luan já construiu uma comunidade que o acompanha não só pelo visual, mas pela coerência entre o que diz e o que vive . E é justamente essa integridade que o move em seu próximo grande sonho: escrever e ilustrar um livro infantil que resgatou a cultura popular catarinense — com seus mitos, tradições e saberes — e, ao mesmo tempo, abrace a diversidade com naturalidade.

“Quero que toda criança, independentemente de origem, cor ou identidade, veja se nas páginas do meu livro. Que se sinta parte de uma história maior. Porque a representatividade não é um detalhe — é um direito .”

Com os pés firmes na terra de onde veio e os olhos voltados para o futuro, Luan Alves prova que raízes não prendem — alimentam . E que, quando cultivadas com amor e consciência, florescem em algo capaz de tocar o mundo.


FICHA TÉCNICA


Nome completo: Jerézi Luan Alves

Idade: 37 anos

Signo: Touro

Naturalidade: Gaspar (SC)

Profissão: Designer, ilustrador e ativista cultural

Sonho atual: Lançar um livro infantil com foco em cultura popular e diversidade.

Frase que o guia: “Nossas realizações são as bases para criar algo que realmente transforma.”

Em tempo: o certame Mister Brasil de Las Américas 2025 acontecerá no dia 25 de outubro as 17:00 hs no Teatro Bom Jesus em Curitiba.



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TROFÉU INCENTIVO CULTURAL

SISTEMA TADEU RIBEIRO


Edição Especial – Outubro de 2025



Noite de Gala e Alma: União da Vitória Celebra Cultura, Generosidade e Talentos com o 12º Troféu Tadeu Ribeiro

Na noite mágica de sexta-feira, 26 de setembro de 2025, a Câmara Municipal de União da Vitória transformou-se em palco de emoção, elegância e reconhecimento. Sob os holofotes suaves da cultura e da solidariedade, realizou-se a 12ª edição do Troféu Incentivo Cultural Tadeu Ribeiro , uma cerimônia que vai muito além de uma simples entrega de prêmios — é um abraço coletivo aqueles que, com suas ações, constroem pontes entre arte, sociedade e humanidade.

Mais de 21 personalidades de destaque nos estados do Paraná e Santa Catarina foram homenageadas com troféus e certificados, em uma noite que celebrou não apenas conquistas, mas propósitos. O evento, aberto ao público e marcado por parcerias estratégicas — como a colaboração essencial da Maia Produções —, reuniu autoridades, artistas, filantropos e empreendedores sociais em um só propósito: valorizar quem valoriza o outro.


Tadeu Ribeiro: O Arquiteto do Reconhecimento

Idealizador e alma por trás do prêmio, o professor Tadeu Ribeiro resume com simplicidade e profundidade o espírito da noite:

Esta é a 12ª edição. Durante a pandemia, ficamos em silêncio, mas nunca paramos de acreditar. A missão do troféu é enaltecer pessoas — não empresas, mas pessoas — que protegem com a paz no mundo e com a qualidade de vida. São autoridades em suas áreas, recebidas de várias cidades, estados, até do exterior. E cada uma delas merece esse brilho.”

Sua fala ecoa como um lembrete poderoso: cultura é gente. E foi essa gente que encheu a Câmara de calor humano e inspiração.


Celebridades como Ponte Cultural


A Maia Produções, parceira-chave do evento, trouxe à tona a dimensão simbólica das celebridades presentes:

Celebridades são cultura. Elas carregam histórias, valores e representatividade. Ao trazê-las, queremos mostrar que esse prêmio não é só local — é regional, é universal. Unimos beleza com cultura, e isso é potente.”

E foi exatamente essa fusão que encantou o público: onde a elegância das celebridades encontrou a profundidade dos atores, onde a dança dialogou com a filantropia, e onde cada discurso foi um convite à empatia.


Vozes que Inspiram

Entre os homenageados, vozes marcantes ecoaram com propósito:


João Carlos Meirinha Farrapa, natural de Portugal, falou com orgulho de sua trajetória ligada à arte e à filantropia:

Já fui reconhecido no Rio e em São Paulo pela minha contribuição à dança e à arte. Mas estar aqui, ser lembrado pelo professor Tadeu, é um privilégio. É um reconhecimento que vem do coração. Sempre grato por mim e por Karla Farrapa que com seu trabalho tambem foi reconhecida nas homenagens

Já Marilda Nas , empresária e fundadora da Associação Solidar de Joinville, emocionou-se ao contar seu trabalho social:

Coordeno mulheres que criam artesanato para sustentar famílias. Confeccionamos bonecas para a África, enviamos doações de higiene e mantimentos. Em Joinville, apoiamos 236 crianças com alimentação diária, colchonetes, roupas de cama... Tudo com amor. Receber este troféu é saber que o que fazemos é importante.”

O diretor e professor de teatro Arnaldo Silveira destacou a importância da formação cultural aliada à estética:



"Trabalho com interpretação para misses e misters, mas meu foco vai além da beleza: é comunicação, é literatura, é formação humana. A cultura nos torna mais completos — e mais conectados."

E Henrique Almeida , representante da Tadeu Ribeiro Magazin , encerrou com uma reflexão contundente:

"Mais de 10 anos de trabalho. Nunca buscamos troféus, mas resultados que beneficiem a sociedade. Este reconhecimento me mostra que valeu a pena. Que cada esforço fez diferença."


Além do Palco: Confraternização e Legado

Após a solenidade, os flashes do renomado fotógrafo Miguel Shemlevsk capturaram sorrisos, abraços e olhares de gratidão. A noite sonora com um jantar de confraternização por adesão, selando laços que vão muito além de uma premiação.

O 12º Troféu Incentivo Cultural Tadeu Ribeiro não apenas celebrou conquistas — plantou sementes. Sementes de esperança, de arte, de solidariedade. E, como bem disse o próprio professor Tadeu:

“Quando valorizamos as pessoas, valorizamos o futuro.”

Fotos: Miguel Shemlevsk

Cobertura especial: TV Web Minutos Antônio Budal e Jovem Pan (com Thiago Amaral)
Revista Devista – Onde a cultura encontra o coração.




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CINEMA

AGENTE SECRETO - REPRESENTA O BRASIL NO OSCAR 2026


"O Agente Secreto" vence batalha interna e leva o Brasil ao Oscar: um thriller político como espelho de uma nação em tensão

Por Arnaldo Silveira

Numa decisão que reacendeu debates sobre representatividade, estética e o papel do cinema nacional no cenário global, "O Agente Secreto" , novo longa de Kléber Mendonça Filho , foi oficialmente escolhido pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais (ABCAA) no último dia 15 de setembro para representar o Brasil na corrida ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2026 . A escolha, embora tecnológica, não foi isenta de controvérsia — e talvez por isso mesmo, seja profundamente simbólica.

O filme desbancou “Manas” , drama intimista e espiritual da cineasta Marianna Brennand , numa disputa que rapidamente ultrapassou os limites da crítica especializada e invadiu as redes sociais com uma intensidade rara nos últimos anos. Centenas de comentários inflamados inundaram o perfil oficial da Academia no Instagram, dividindo opiniões entre quem via em "Manas" uma voz autêntica do feminino e do interior do país, e quem enxergava em "O Agente Secreto" a urgência política que o Brasil — e o mundo — precisa encarar de frente.

A polêmica ganhou contornos ainda mais dramáticos com a intervenção pública da atriz Fernanda Torres , que, embora não estivesse diretamente ligada a nenhum dos filmes, questionou em suas redes: "Por que sempre o mesmo tipo de narrativa leva a vaga? Quando será a vez de histórias que não falam de Brasília, mas do Brasil profundo?" . A frase, embora genérica, foi interpretada como um recado indireto à escolha de Mendonça — e gerou uma onda de respostas tanto de defensores quanto de críticos do posicionamento da atriz.


Cannes como trampolim, política como pano de fundo

Não há como ignorar o peso do reconhecimento internacional na decisão da Academia. "O Agente Secreto" estreou em maio no Festival de Cannes com estrondo: além de levar o prêmio de Melhor Diretor para Kléber Mendonça Filho, consagrou Wagner Moura com o Troféu de Melhor Ator — seu primeiro prêmio de atuação em solo europeu. A crítica internacional não economizou elogios: a BBC chamou o filme de “thriller político estiloso e vibrante” , enquanto o Hollywood Reporter o descreveu como “uma obra-prima imponente, à altura dos grandes clássicos do cinema de conspiração” .

Mas o que torna "O Agente Secreto" tão potente — e, para alguns, incômodo — é sua capacidade de usar a ficção para refletir as feridas abertas da democracia brasileira. Ambientado num futuro próximo, o filme acompanha um agente do serviço secreto (Moura) que descobre uma trama de desestabilização institucional orquestrada por setores do poder. A narrativa, embora fictícia, ecoa com assustadora precisão os eventos recentes da vida política nacional — incluindo o julgamento de ex-presidentes, tema que Wagner Moura abordou publicamente dias antes da escolha do filme, afirmando que “os americanos estão com inveja do Brasil por termos coragem de julgar nossos líderes” .

Essa camada de atualidade, aliada à maestria visual de Mendonça — que aqui abandona parcialmente o realismo de “Bacurau” e “Aquarius” em favor de uma estética mais expressionista, quase noir —, transformou o longa numa espécie de manifesto audiovisual. E talvez seja exatamente isso que a Academia tenha querido projetar ao mundo: não um retrato folclórico ou contemplativo do Brasil, mas um país em estado de alerta, complexo, perigoso e profundamente cinematográfico .


E os outros candidatos?

Além de "Manas", corriam à vaga títulos de peso:

  • "Baby" , de Marcelo Caetano, retrato sensível da juventude trans no Nordeste;
  • "Kasa Branca" , de Luciano Vidigal, épico urbano sobre violência e memória no Rio de Janeiro;
  • "O Último Azul" , de Gabriel Mascaro, poético mergulho na paisagem sertaneja e na crise hídrica;
  • e "Oeste Outra Vez" , de Erico Rassi, western contemporâneo ambientado no cerrado.

Todos merecedores de aplausos — e todos, de alguma forma, representantes de um Brasil plural. Mas, diante do momento histórico e da janela de visibilidade aberta por Cannes, a escolha de "O Agente Secreto" parece menos uma aposta estética e mais uma declaração de existência .


O que vem agora?

A corrida ao Oscar só começa de fato em dezembro, quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou uma shortlist com 15 pré-selecionados entre os mais de 90 países inscritos. "O Agente Secreto" tem armas: atuação de gala, direção premiada, tema universal (conspiração, poder, liderança) e um diretor já conhecido no circuito internacional. Mas também carrega o risco de ser lido como “muito brasileiro” demais para os votantes de Hollywood — ou, ao contrário, “muito ocidentalizado” para os defensores de um cinema genuinamente periférico.

Independentemente do resultado em março de 2026, uma coisa é certa: o Brasil voltou a falar alto no cinema mundial . E desta vez, não com samba, nem com favela, nem com exotismo — mas com inteligência, tensão e uma pergunta que ecoa além das fronteiras: até onde vamos para proteger a democracia?


Ficha Técnica

Título: O Agente Secreto

Direção: Kléber Mendonça Filho

Roteiro: Kléber Mendonça Filho & Juliano Dornelles

Elenco: Wagner Moura, Marjorie Estiano, Silvero Pereira, Matheus Nachtergaele

País: Brasil

Ano: 2025

Gênero: Thriller político

Drama Representante oficial do Brasil ao Oscar 2026

Melhor Filme Internacional


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TEATRO

TEATROS DO BRASIL

TEATRO GUAÍRA - CURITIBA - PARANÁ


A origem do Teatro Guaíra remonta à segunda metade do século XIX, quando a Assembleia Provincial doa à Sociedade Teatral Beneficente União Curitibana terreno para a construção do Theatro São Theodoro, nome dado em homenagem a Theodoro Ébano Pereira, fundador da cidade de Curitiba. O terreno era o mesmo onde hoje está a Biblioteca Pública do Paraná, na rua Dr. Muricy.

O Theatro São Theodoro é inaugurado mais de dez anos depois da colocação da pedra fundamental, em 28 de setembro de 1884, lotando plateias, camarotes e galerias. Por dez anos é o centro da vida cultural de Curitiba. Com a chegada da Revolução Federalista ao Paraná em 1894, as apresentações artísticas são suspensas. As dependências do teatro transformam-se em prisão dos rebeldes pelas forças legalistas e o São Theodoro entra em decadência. Essa situação permanece até 1900, quando é reinaugurado com o nome de Theatro Guayrá.

  

 Em 1939 o Theatro Guayrá é demolido e, ao mesmo tempo, inicia-se campanha pela construção de um teatro oficial na cidade, liderada pela Academia Paranaense de Letras. O projeto para a construção do teatro é escolhido no final dos anos 40 e a construção iniciada em 1952. Nessa década, o Paraná experimenta o apogeu da economia do mate e na região norte o início da expansão cafeeira a partir do Estado de São Paulo.


A economia em expansão aliada a um contexto político favorável, como foi o governo de Bento Munhoz da Rocha Neto, contribuem para que a década de 50 seja para Curitiba um período de expressiva evolução cultural. Nessa época, além do Teatro Guaíra, são idealizados outros tantos projetos, como  a Biblioteca Pública do Paraná e o Centro Cívico.

 

O projeto arquitetônico do atual Teatro Guaíra é do engenheiro Rubens Meister (1922 – 2009), um dos precursores da arquitetura moderna no Paraná e um dos responsáveis pela implantação do curso de Arquitetura na UFPR, em 1962. Rubens Meister é também autor de prédios importantes como o Panteão dos Heróis da Lapa (1943), o Auditório da Reitoria UFPR (1956), o Centro Politécnico (1956), o Edifício Barão do Rio Branco (1958), a Prefeitura Municipal de Curitiba (1969), a Estação Rodoferroviária de Curitiba (1976), o Centro de Atividades do SESC da Esquina (1985) e a restauração do Palácio Avenida (1990).

 

A construção do Teatro Guaíra é iniciada em 1952 e em 1954 é inaugurado o primeiro de três auditórios que compõem o edifício: o Auditório Salvador de Ferrante, o Guairinha, onde, em 1955, já acontecem as primeiras apresentações. O grande auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, também conhecido como Guairão, cuja inauguração estava prevista para 1971, é aberto em dezembro de 1974, depois de ser reconstruído após um incêndio em abril de 1970, que o deixou substancialmente destruído.

 

Em 28 de agosto de 1975 é inaugurado o último auditório, Glauco Flores de Sá Brito, o Miniauditório, completando o projeto do complexo cultural, que a partir de então passava a se chamar Fundação Teatro Guaíra. O espaço total dos auditórios passa a ser de 16.900 metros quadrados, com uma capacidade total de 2.757 lugares.


O Centro Cultural Teatro Guaíra se tornou um dos maiores complexos culturais da América Latina e tem atualmente quatro corpos artísticos: a Escola de Dança Teatro Guaíra, o Balé Teatro Guaíra, a Orquestra Sinfônica do Paraná e o G2 Cia. de Dança.

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