LUAN ALVES
MISTER SANTA CATARINA DE LAS AMÉRICAS 2025
REVISTA DEVISTA – EDIÇÃO
ESPECIAL SANTA CATARINA
Por Arnaldo Silveira | Fotografia: Renata Barcelos /Arquivos de Luan Alves
LUAN ALVES: A BELEZA QUE NASCE
DAS RAÍZES
Em um tempo em que as conveniências se tornaram o luxo mais raro, Luan Alves surge como um lembrete poético de que a verdadeira elegância vem de dentro — e, muitas vezes, das ruas de cidades pequenas, dos cheiros de terra molhada e do sabor do peixe fresco do mercado. Aos 37 anos, o designer, ilustrador e agora candidato ao título de Mister Brasil de Las Américas 2025 encanta não apenas pela presença marcante, mas pela profundidade com que carrega sua história.
Nascido em Gaspar , em 1988,
Luan — como prefere ser chamado — é filho de um gasparense e de uma itajaiense
“peixeira de coração” . Essa dualidade geográfica e afetiva moldou sua
infância: de um lado, a vida de bairro, com aberturas e vizinhanças que se
tornam familiares; do outro, o campo em Itajaí, onde animais, plantações e o
ritmo lento do interior ensinavam a ouvir o silêncio com atenção.
“Minha infância foi feita de
folclore, comida caseira e histórias contadas à beira do fogão a lenha”, conta
ele, com um sorriso que carrega nostalgia e orgulho. “O boi de mamão , as
festas juninas com sotaque açoriano, os bordados italianos da vó… Tudo isso
está tatuado na minha alma.”
Desde cedo, o papel e o lápis foram seus companheiros inseparáveis. Enquanto outras crianças brincavam de esconderijos, Luan criava personagens, mundos e narrativas visuais que só ele poderia ver — mas que, com o tempo, se tornariam sua profissão. Formado em design , acumula mais de 15 anos de carreira unindo criatividade, estratégia e sensibilidade para transformar ideias em marcas que respiram emoção.
Mas foi em 2025 que sua
trajetória ganhou um novo contorno. Ao se inscrever no Mister Santa Catarina de
Las Américas , Luan não buscou apenas um título de beleza — ele viu ali um palco
para propósitos maiores .
"Não se trata de pose ou
perfeição. Trata-se de voz . Quero falar de saúde mental , de inclusão , de deficiências
. A beleza, quando carrega propósito, tem o poder de curar, de inspirar, de
transformar."
Nas redes sociais, onde
reflexões e editoriais autorais, Luan já construiu uma comunidade que o
acompanha não só pelo visual, mas pela coerência entre o que diz e o que vive .
E é justamente essa integridade que o move em seu próximo grande sonho: escrever
e ilustrar um livro infantil que resgatou a cultura popular catarinense — com
seus mitos, tradições e saberes — e, ao mesmo tempo, abrace a diversidade com
naturalidade.
“Quero que toda criança,
independentemente de origem, cor ou identidade, veja se nas páginas do meu
livro. Que se sinta parte de uma história maior. Porque a representatividade não
é um detalhe — é um direito .”
Com os pés firmes na terra de
onde veio e os olhos voltados para o futuro, Luan Alves prova que raízes não
prendem — alimentam . E que, quando cultivadas com amor e consciência,
florescem em algo capaz de tocar o mundo.
FICHA TÉCNICA
Nome completo: Jerézi Luan Alves
Idade: 37 anos
Signo: Touro
Naturalidade: Gaspar (SC)
Profissão: Designer, ilustrador
e ativista cultural
Sonho atual: Lançar um livro
infantil com foco em cultura popular e diversidade.
Frase que o guia: “Nossas
realizações são as bases para criar algo que realmente transforma.”
Em tempo: o certame Mister Brasil de Las Américas 2025 acontecerá no dia 25 de outubro as 17:00 hs no Teatro Bom Jesus em Curitiba.
*******************************************************************
TROFÉU INCENTIVO CULTURAL
SISTEMA TADEU RIBEIRO
Edição Especial – Outubro de
2025
Noite de Gala e Alma: União da Vitória Celebra Cultura, Generosidade e Talentos com o 12º Troféu Tadeu Ribeiro
Na noite mágica de sexta-feira,
26 de setembro de 2025, a Câmara Municipal de União da Vitória transformou-se
em palco de emoção, elegância e reconhecimento. Sob os holofotes suaves da
cultura e da solidariedade, realizou-se a 12ª edição do Troféu Incentivo
Cultural Tadeu Ribeiro , uma cerimônia que vai muito além de uma simples
entrega de prêmios — é um abraço coletivo aqueles que, com suas ações,
constroem pontes entre arte, sociedade e humanidade.
Mais de 21 personalidades de
destaque nos estados do Paraná e Santa Catarina foram homenageadas com troféus
e certificados, em uma noite que celebrou não apenas conquistas, mas
propósitos. O evento, aberto ao público e marcado por parcerias estratégicas —
como a colaboração essencial da Maia Produções —, reuniu autoridades, artistas,
filantropos e empreendedores sociais em um só propósito: valorizar quem
valoriza o outro.
Tadeu Ribeiro: O Arquiteto do
Reconhecimento
Idealizador e alma por trás do
prêmio, o professor Tadeu Ribeiro resume com simplicidade e profundidade o
espírito da noite:
“Esta é a 12ª edição. Durante a pandemia, ficamos em silêncio, mas nunca
paramos de acreditar. A missão do troféu é enaltecer pessoas — não empresas,
mas pessoas — que protegem com a paz no mundo e com a qualidade de vida. São
autoridades em suas áreas, recebidas de várias cidades, estados, até do
exterior. E cada uma delas merece esse brilho.”
Sua fala ecoa como um lembrete
poderoso: cultura é gente. E foi essa gente que encheu a Câmara de calor humano
e inspiração.
Celebridades como Ponte
Cultural
A Maia Produções, parceira-chave do evento, trouxe à tona a dimensão simbólica das celebridades presentes:
“Celebridades são cultura. Elas carregam histórias, valores e
representatividade. Ao trazê-las, queremos mostrar que esse prêmio não é só
local — é regional, é universal. Unimos beleza com cultura, e isso é potente.”
E foi exatamente essa fusão que
encantou o público: onde a elegância das celebridades encontrou a profundidade
dos atores, onde a dança dialogou com a filantropia, e onde cada discurso foi
um convite à empatia.
Vozes que Inspiram
Entre os homenageados, vozes
marcantes ecoaram com propósito:
João Carlos Meirinha Farrapa, natural de Portugal, falou com orgulho de sua trajetória ligada à arte e à filantropia:
“Já fui reconhecido no Rio e em São Paulo pela minha contribuição à
dança e à arte. Mas estar aqui, ser lembrado pelo professor Tadeu, é um
privilégio. É um reconhecimento que vem do coração. Sempre grato por mim e por
Karla Farrapa que com seu trabalho tambem foi reconhecida nas homenagens”
Já Marilda Nas , empresária e
fundadora da Associação Solidar de Joinville, emocionou-se ao contar seu
trabalho social:
“Coordeno mulheres que criam artesanato para sustentar famílias.
Confeccionamos bonecas para a África, enviamos doações de higiene e
mantimentos. Em Joinville, apoiamos 236 crianças com alimentação diária,
colchonetes, roupas de cama... Tudo com amor. Receber este troféu é saber que o
que fazemos é importante.”
O diretor e professor de teatro
Arnaldo Silveira destacou a importância da formação cultural aliada à estética:
"Trabalho com interpretação para misses e misters, mas meu foco vai além da beleza: é comunicação, é literatura, é formação humana. A cultura nos torna mais completos — e mais conectados."
E Henrique Almeida ,
representante da Tadeu Ribeiro Magazin , encerrou com uma reflexão contundente:
"Mais de 10 anos de trabalho. Nunca buscamos troféus, mas resultados que
beneficiem a sociedade. Este reconhecimento me mostra que valeu a pena. Que
cada esforço fez diferença."
Além do Palco: Confraternização
e Legado
Após a solenidade, os flashes do renomado fotógrafo Miguel Shemlevsk capturaram sorrisos, abraços e olhares de gratidão. A noite sonora com um jantar de confraternização por adesão, selando laços que vão muito além de uma premiação.
O 12º Troféu Incentivo Cultural
Tadeu Ribeiro não apenas celebrou conquistas — plantou sementes. Sementes de
esperança, de arte, de solidariedade. E, como bem disse o próprio professor
Tadeu:
“Quando valorizamos as pessoas,
valorizamos o futuro.”
Fotos: Miguel Shemlevsk
Cobertura especial: TV Web
Minutos Antônio Budal e Jovem Pan (com Thiago Amaral)
Revista Devista – Onde a cultura encontra o coração.
CINEMA
AGENTE SECRETO - REPRESENTA O BRASIL NO OSCAR 2026
"O Agente Secreto" vence batalha interna e leva o Brasil ao Oscar: um thriller político como espelho de uma nação em tensão
Por Arnaldo Silveira
Numa decisão que reacendeu
debates sobre representatividade, estética e o papel do cinema nacional no
cenário global, "O Agente Secreto" , novo longa de Kléber Mendonça
Filho , foi oficialmente escolhido pela Academia Brasileira de Cinema e Artes
Audiovisuais (ABCAA) no último dia 15 de setembro para representar o Brasil na
corrida ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2026 . A escolha, embora
tecnológica, não foi isenta de controvérsia — e talvez por isso mesmo, seja
profundamente simbólica.
O filme desbancou “Manas” ,
drama intimista e espiritual da cineasta Marianna Brennand , numa disputa que
rapidamente ultrapassou os limites da crítica especializada e invadiu as redes
sociais com uma intensidade rara nos últimos anos. Centenas de comentários
inflamados inundaram o perfil oficial da Academia no Instagram, dividindo
opiniões entre quem via em "Manas" uma voz autêntica do feminino e do
interior do país, e quem enxergava em "O Agente Secreto" a urgência
política que o Brasil — e o mundo — precisa encarar de frente.
A polêmica ganhou contornos
ainda mais dramáticos com a intervenção pública da atriz Fernanda Torres , que,
embora não estivesse diretamente ligada a nenhum dos filmes, questionou em suas
redes: "Por que sempre o mesmo tipo de narrativa leva a vaga? Quando
será a vez de histórias que não falam de Brasília, mas do Brasil
profundo?" . A frase, embora genérica, foi interpretada como um recado
indireto à escolha de Mendonça — e gerou uma onda de respostas tanto de
defensores quanto de críticos do posicionamento da atriz.
Cannes como trampolim, política
como pano de fundo
Não há como ignorar o peso do
reconhecimento internacional na decisão da Academia. "O Agente
Secreto" estreou em maio no Festival de Cannes com estrondo: além de levar
o prêmio de Melhor Diretor para Kléber Mendonça Filho, consagrou Wagner Moura
com o Troféu de Melhor Ator — seu primeiro prêmio de atuação em solo europeu. A
crítica internacional não economizou elogios: a BBC chamou o filme de “thriller
político estiloso e vibrante” , enquanto o Hollywood Reporter o
descreveu como “uma obra-prima imponente, à altura dos grandes clássicos do
cinema de conspiração” .
Mas o que torna "O Agente
Secreto" tão potente — e, para alguns, incômodo — é sua capacidade de usar
a ficção para refletir as feridas abertas da democracia brasileira. Ambientado
num futuro próximo, o filme acompanha um agente do serviço secreto (Moura) que
descobre uma trama de desestabilização institucional orquestrada por setores do
poder. A narrativa, embora fictícia, ecoa com assustadora precisão os eventos
recentes da vida política nacional — incluindo o julgamento de ex-presidentes,
tema que Wagner Moura abordou publicamente dias antes da escolha do filme,
afirmando que “os americanos estão com inveja do Brasil por termos coragem
de julgar nossos líderes” .
Essa camada de atualidade,
aliada à maestria visual de Mendonça — que aqui abandona parcialmente o
realismo de “Bacurau” e “Aquarius” em favor de uma estética mais
expressionista, quase noir —, transformou o longa numa espécie de manifesto
audiovisual. E talvez seja exatamente isso que a Academia tenha querido
projetar ao mundo: não um retrato folclórico ou contemplativo do Brasil, mas um
país em estado de alerta, complexo, perigoso e profundamente cinematográfico .
E os outros candidatos?
Além de "Manas",
corriam à vaga títulos de peso:
- "Baby" , de Marcelo Caetano,
retrato sensível da juventude trans no Nordeste;
- "Kasa Branca" , de Luciano
Vidigal, épico urbano sobre violência e memória no Rio de Janeiro;
- "O Último Azul" , de Gabriel
Mascaro, poético mergulho na paisagem sertaneja e na crise hídrica;
- e "Oeste Outra Vez" , de Erico
Rassi, western contemporâneo ambientado no cerrado.
Todos merecedores de aplausos —
e todos, de alguma forma, representantes de um Brasil plural. Mas, diante do
momento histórico e da janela de visibilidade aberta por Cannes, a escolha de
"O Agente Secreto" parece menos uma aposta estética e mais uma declaração
de existência .
O que vem agora?
A corrida ao Oscar só começa de
fato em dezembro, quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas
divulgou uma shortlist com 15 pré-selecionados entre os mais de 90
países inscritos. "O Agente Secreto" tem armas: atuação de gala,
direção premiada, tema universal (conspiração, poder, liderança) e um diretor
já conhecido no circuito internacional. Mas também carrega o risco de ser lido
como “muito brasileiro” demais para os votantes de Hollywood — ou, ao
contrário, “muito ocidentalizado” para os defensores de um cinema genuinamente
periférico.
Independentemente do resultado em março de 2026, uma coisa é certa: o Brasil voltou a falar alto no cinema mundial . E desta vez, não com samba, nem com favela, nem com exotismo — mas com inteligência, tensão e uma pergunta que ecoa além das fronteiras: até onde vamos para proteger a democracia?
Ficha Técnica
Título: O
Agente Secreto
Direção: Kléber
Mendonça Filho
Roteiro: Kléber
Mendonça Filho & Juliano Dornelles
Elenco: Wagner
Moura, Marjorie Estiano, Silvero Pereira, Matheus Nachtergaele
País: Brasil
Ano: 2025
Gênero:
Thriller político
Drama Representante oficial
do Brasil ao Oscar 2026
Melhor Filme Internacional
TEATRO
TEATROS DO BRASIL
TEATRO GUAÍRA - CURITIBA - PARANÁ
A origem do Teatro Guaíra remonta à segunda metade do século XIX, quando a Assembleia Provincial doa à Sociedade Teatral Beneficente União Curitibana terreno para a construção do Theatro São Theodoro, nome dado em homenagem a Theodoro Ébano Pereira, fundador da cidade de Curitiba. O terreno era o mesmo onde hoje está a Biblioteca Pública do Paraná, na rua Dr. Muricy.
O Theatro São Theodoro é inaugurado mais de dez anos depois da colocação da pedra fundamental, em 28 de setembro de 1884, lotando plateias, camarotes e galerias. Por dez anos é o centro da vida cultural de Curitiba. Com a chegada da Revolução Federalista ao Paraná em 1894, as apresentações artísticas são suspensas. As dependências do teatro transformam-se em prisão dos rebeldes pelas forças legalistas e o São Theodoro entra em decadência. Essa situação permanece até 1900, quando é reinaugurado com o nome de Theatro Guayrá.
Em 1939 o Theatro Guayrá é demolido e, ao mesmo tempo, inicia-se campanha pela construção de um teatro oficial na cidade, liderada pela Academia Paranaense de Letras. O projeto para a construção do teatro é escolhido no final dos anos 40 e a construção iniciada em 1952. Nessa década, o Paraná experimenta o apogeu da economia do mate e na região norte o início da expansão cafeeira a partir do Estado de São Paulo.
A economia em expansão aliada a um contexto político favorável, como foi o
governo de Bento Munhoz da Rocha Neto, contribuem para que a década de 50 seja
para Curitiba um período de expressiva evolução cultural. Nessa época, além do
Teatro Guaíra, são idealizados outros tantos projetos, como a Biblioteca
Pública do Paraná e o Centro Cívico.
O
projeto arquitetônico do atual Teatro Guaíra é do engenheiro Rubens Meister
(1922 – 2009), um dos precursores da arquitetura moderna no Paraná e um dos
responsáveis pela implantação do curso de Arquitetura na UFPR, em 1962. Rubens
Meister é também autor de prédios importantes como o Panteão dos Heróis da Lapa
(1943), o Auditório da Reitoria UFPR (1956), o Centro Politécnico (1956), o
Edifício Barão do Rio Branco (1958), a Prefeitura Municipal de Curitiba (1969),
a Estação Rodoferroviária de Curitiba (1976), o Centro de Atividades do SESC da
Esquina (1985) e a restauração do Palácio Avenida (1990).
A construção do Teatro Guaíra é iniciada em 1952 e em 1954
é inaugurado o primeiro de três auditórios que compõem o edifício: o Auditório
Salvador de Ferrante, o Guairinha, onde, em 1955, já acontecem as primeiras
apresentações. O grande auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, também conhecido
como Guairão, cuja inauguração estava prevista para 1971, é aberto em dezembro
de 1974, depois de ser reconstruído após um incêndio em abril de 1970, que o
deixou substancialmente destruído.
Em 28 de agosto de 1975 é inaugurado o último auditório, Glauco Flores de Sá Brito, o Miniauditório, completando o projeto do complexo cultural, que a partir de então passava a se chamar Fundação Teatro Guaíra. O espaço total dos auditórios passa a ser de 16.900 metros quadrados, com uma capacidade total de 2.757 lugares.
O Centro Cultural Teatro Guaíra se tornou um dos maiores complexos culturais da
América Latina e tem atualmente quatro corpos artísticos: a Escola de Dança
Teatro Guaíra, o Balé Teatro Guaíra, a Orquestra Sinfônica do Paraná e o G2
Cia. de Dança.












Nenhum comentário:
Postar um comentário