quinta-feira, 2 de outubro de 2025

LUAN ALVES - MISTER SANTA CATARINA DE LAS AMÉRICAS 2025


 

LUAN ALVES

MISTER SANTA CATARINA DE LAS AMÉRICAS 2025


REVISTA DEVISTA – EDIÇÃO ESPECIAL SANTA CATARINA

Por Arnaldo Silveira | Fotografia: Renata Barcelos /Arquivos de Luan Alves


LUAN ALVES: A BELEZA QUE NASCE DAS RAÍZES


Em um tempo em que as conveniências se tornaram o luxo mais raro, Luan Alves surge como um lembrete poético de que a verdadeira elegância vem de dentro — e, muitas vezes, das ruas de cidades pequenas, dos cheiros de terra molhada e do sabor do peixe fresco do mercado. Aos 37 anos, o designer, ilustrador e agora candidato ao título de Mister Brasil de Las Américas 2025 encanta não apenas pela presença marcante, mas pela profundidade com que carrega sua história.

Nascido em Gaspar , em 1988, Luan — como prefere ser chamado — é filho de um gasparense e de uma itajaiense “peixeira de coração” . Essa dualidade geográfica e afetiva moldou sua infância: de um lado, a vida de bairro, com aberturas e vizinhanças que se tornam familiares; do outro, o campo em Itajaí, onde animais, plantações e o ritmo lento do interior ensinavam a ouvir o silêncio com atenção.

“Minha infância foi feita de folclore, comida caseira e histórias contadas à beira do fogão a lenha”, conta ele, com um sorriso que carrega nostalgia e orgulho. “O boi de mamão , as festas juninas com sotaque açoriano, os bordados italianos da vó… Tudo isso está tatuado na minha alma.”

Desde cedo, o papel e o lápis foram seus companheiros inseparáveis. Enquanto outras crianças brincavam de esconderijos, Luan criava personagens, mundos e narrativas visuais que só ele poderia ver — mas que, com o tempo, se tornariam sua profissão. Formado em design , acumula mais de 15 anos de carreira unindo criatividade, estratégia e sensibilidade para transformar ideias em marcas que respiram emoção.


Mas foi em 2025 que sua trajetória ganhou um novo contorno. Ao se inscrever no Mister Santa Catarina de Las Américas , Luan não buscou apenas um título de beleza — ele viu ali um palco para propósitos maiores .

"Não se trata de pose ou perfeição. Trata-se de voz . Quero falar de saúde mental , de inclusão , de deficiências . A beleza, quando carrega propósito, tem o poder de curar, de inspirar, de transformar."

Nas redes sociais, onde reflexões e editoriais autorais, Luan já construiu uma comunidade que o acompanha não só pelo visual, mas pela coerência entre o que diz e o que vive . E é justamente essa integridade que o move em seu próximo grande sonho: escrever e ilustrar um livro infantil que resgatou a cultura popular catarinense — com seus mitos, tradições e saberes — e, ao mesmo tempo, abrace a diversidade com naturalidade.

“Quero que toda criança, independentemente de origem, cor ou identidade, veja se nas páginas do meu livro. Que se sinta parte de uma história maior. Porque a representatividade não é um detalhe — é um direito .”

Com os pés firmes na terra de onde veio e os olhos voltados para o futuro, Luan Alves prova que raízes não prendem — alimentam . E que, quando cultivadas com amor e consciência, florescem em algo capaz de tocar o mundo.


FICHA TÉCNICA


Nome completo: Jerézi Luan Alves

Idade: 37 anos

Signo: Touro

Naturalidade: Gaspar (SC)

Profissão: Designer, ilustrador e ativista cultural

Sonho atual: Lançar um livro infantil com foco em cultura popular e diversidade.

Frase que o guia: “Nossas realizações são as bases para criar algo que realmente transforma.”

Em tempo: o certame Mister Brasil de Las Américas 2025 acontecerá no dia 25 de outubro as 17:00 hs no Teatro Bom Jesus em Curitiba.



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TROFÉU INCENTIVO CULTURAL

SISTEMA TADEU RIBEIRO


Edição Especial – Outubro de 2025



Noite de Gala e Alma: União da Vitória Celebra Cultura, Generosidade e Talentos com o 12º Troféu Tadeu Ribeiro

Na noite mágica de sexta-feira, 26 de setembro de 2025, a Câmara Municipal de União da Vitória transformou-se em palco de emoção, elegância e reconhecimento. Sob os holofotes suaves da cultura e da solidariedade, realizou-se a 12ª edição do Troféu Incentivo Cultural Tadeu Ribeiro , uma cerimônia que vai muito além de uma simples entrega de prêmios — é um abraço coletivo aqueles que, com suas ações, constroem pontes entre arte, sociedade e humanidade.

Mais de 21 personalidades de destaque nos estados do Paraná e Santa Catarina foram homenageadas com troféus e certificados, em uma noite que celebrou não apenas conquistas, mas propósitos. O evento, aberto ao público e marcado por parcerias estratégicas — como a colaboração essencial da Maia Produções —, reuniu autoridades, artistas, filantropos e empreendedores sociais em um só propósito: valorizar quem valoriza o outro.


Tadeu Ribeiro: O Arquiteto do Reconhecimento

Idealizador e alma por trás do prêmio, o professor Tadeu Ribeiro resume com simplicidade e profundidade o espírito da noite:

Esta é a 12ª edição. Durante a pandemia, ficamos em silêncio, mas nunca paramos de acreditar. A missão do troféu é enaltecer pessoas — não empresas, mas pessoas — que protegem com a paz no mundo e com a qualidade de vida. São autoridades em suas áreas, recebidas de várias cidades, estados, até do exterior. E cada uma delas merece esse brilho.”

Sua fala ecoa como um lembrete poderoso: cultura é gente. E foi essa gente que encheu a Câmara de calor humano e inspiração.


Celebridades como Ponte Cultural


A Maia Produções, parceira-chave do evento, trouxe à tona a dimensão simbólica das celebridades presentes:

Celebridades são cultura. Elas carregam histórias, valores e representatividade. Ao trazê-las, queremos mostrar que esse prêmio não é só local — é regional, é universal. Unimos beleza com cultura, e isso é potente.”

E foi exatamente essa fusão que encantou o público: onde a elegância das celebridades encontrou a profundidade dos atores, onde a dança dialogou com a filantropia, e onde cada discurso foi um convite à empatia.


Vozes que Inspiram

Entre os homenageados, vozes marcantes ecoaram com propósito:


João Carlos Meirinha Farrapa, natural de Portugal, falou com orgulho de sua trajetória ligada à arte e à filantropia:

Já fui reconhecido no Rio e em São Paulo pela minha contribuição à dança e à arte. Mas estar aqui, ser lembrado pelo professor Tadeu, é um privilégio. É um reconhecimento que vem do coração. Sempre grato por mim e por Karla Farrapa que com seu trabalho tambem foi reconhecida nas homenagens

Já Marilda Nas , empresária e fundadora da Associação Solidar de Joinville, emocionou-se ao contar seu trabalho social:

Coordeno mulheres que criam artesanato para sustentar famílias. Confeccionamos bonecas para a África, enviamos doações de higiene e mantimentos. Em Joinville, apoiamos 236 crianças com alimentação diária, colchonetes, roupas de cama... Tudo com amor. Receber este troféu é saber que o que fazemos é importante.”

O diretor e professor de teatro Arnaldo Silveira destacou a importância da formação cultural aliada à estética:



"Trabalho com interpretação para misses e misters, mas meu foco vai além da beleza: é comunicação, é literatura, é formação humana. A cultura nos torna mais completos — e mais conectados."

E Henrique Almeida , representante da Tadeu Ribeiro Magazin , encerrou com uma reflexão contundente:

"Mais de 10 anos de trabalho. Nunca buscamos troféus, mas resultados que beneficiem a sociedade. Este reconhecimento me mostra que valeu a pena. Que cada esforço fez diferença."


Além do Palco: Confraternização e Legado

Após a solenidade, os flashes do renomado fotógrafo Miguel Shemlevsk capturaram sorrisos, abraços e olhares de gratidão. A noite sonora com um jantar de confraternização por adesão, selando laços que vão muito além de uma premiação.

O 12º Troféu Incentivo Cultural Tadeu Ribeiro não apenas celebrou conquistas — plantou sementes. Sementes de esperança, de arte, de solidariedade. E, como bem disse o próprio professor Tadeu:

“Quando valorizamos as pessoas, valorizamos o futuro.”

Fotos: Miguel Shemlevsk

Cobertura especial: TV Web Minutos Antônio Budal e Jovem Pan (com Thiago Amaral)
Revista Devista – Onde a cultura encontra o coração.




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CINEMA

AGENTE SECRETO - REPRESENTA O BRASIL NO OSCAR 2026


"O Agente Secreto" vence batalha interna e leva o Brasil ao Oscar: um thriller político como espelho de uma nação em tensão

Por Arnaldo Silveira

Numa decisão que reacendeu debates sobre representatividade, estética e o papel do cinema nacional no cenário global, "O Agente Secreto" , novo longa de Kléber Mendonça Filho , foi oficialmente escolhido pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais (ABCAA) no último dia 15 de setembro para representar o Brasil na corrida ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2026 . A escolha, embora tecnológica, não foi isenta de controvérsia — e talvez por isso mesmo, seja profundamente simbólica.

O filme desbancou “Manas” , drama intimista e espiritual da cineasta Marianna Brennand , numa disputa que rapidamente ultrapassou os limites da crítica especializada e invadiu as redes sociais com uma intensidade rara nos últimos anos. Centenas de comentários inflamados inundaram o perfil oficial da Academia no Instagram, dividindo opiniões entre quem via em "Manas" uma voz autêntica do feminino e do interior do país, e quem enxergava em "O Agente Secreto" a urgência política que o Brasil — e o mundo — precisa encarar de frente.

A polêmica ganhou contornos ainda mais dramáticos com a intervenção pública da atriz Fernanda Torres , que, embora não estivesse diretamente ligada a nenhum dos filmes, questionou em suas redes: "Por que sempre o mesmo tipo de narrativa leva a vaga? Quando será a vez de histórias que não falam de Brasília, mas do Brasil profundo?" . A frase, embora genérica, foi interpretada como um recado indireto à escolha de Mendonça — e gerou uma onda de respostas tanto de defensores quanto de críticos do posicionamento da atriz.


Cannes como trampolim, política como pano de fundo

Não há como ignorar o peso do reconhecimento internacional na decisão da Academia. "O Agente Secreto" estreou em maio no Festival de Cannes com estrondo: além de levar o prêmio de Melhor Diretor para Kléber Mendonça Filho, consagrou Wagner Moura com o Troféu de Melhor Ator — seu primeiro prêmio de atuação em solo europeu. A crítica internacional não economizou elogios: a BBC chamou o filme de “thriller político estiloso e vibrante” , enquanto o Hollywood Reporter o descreveu como “uma obra-prima imponente, à altura dos grandes clássicos do cinema de conspiração” .

Mas o que torna "O Agente Secreto" tão potente — e, para alguns, incômodo — é sua capacidade de usar a ficção para refletir as feridas abertas da democracia brasileira. Ambientado num futuro próximo, o filme acompanha um agente do serviço secreto (Moura) que descobre uma trama de desestabilização institucional orquestrada por setores do poder. A narrativa, embora fictícia, ecoa com assustadora precisão os eventos recentes da vida política nacional — incluindo o julgamento de ex-presidentes, tema que Wagner Moura abordou publicamente dias antes da escolha do filme, afirmando que “os americanos estão com inveja do Brasil por termos coragem de julgar nossos líderes” .

Essa camada de atualidade, aliada à maestria visual de Mendonça — que aqui abandona parcialmente o realismo de “Bacurau” e “Aquarius” em favor de uma estética mais expressionista, quase noir —, transformou o longa numa espécie de manifesto audiovisual. E talvez seja exatamente isso que a Academia tenha querido projetar ao mundo: não um retrato folclórico ou contemplativo do Brasil, mas um país em estado de alerta, complexo, perigoso e profundamente cinematográfico .


E os outros candidatos?

Além de "Manas", corriam à vaga títulos de peso:

  • "Baby" , de Marcelo Caetano, retrato sensível da juventude trans no Nordeste;
  • "Kasa Branca" , de Luciano Vidigal, épico urbano sobre violência e memória no Rio de Janeiro;
  • "O Último Azul" , de Gabriel Mascaro, poético mergulho na paisagem sertaneja e na crise hídrica;
  • e "Oeste Outra Vez" , de Erico Rassi, western contemporâneo ambientado no cerrado.

Todos merecedores de aplausos — e todos, de alguma forma, representantes de um Brasil plural. Mas, diante do momento histórico e da janela de visibilidade aberta por Cannes, a escolha de "O Agente Secreto" parece menos uma aposta estética e mais uma declaração de existência .


O que vem agora?

A corrida ao Oscar só começa de fato em dezembro, quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou uma shortlist com 15 pré-selecionados entre os mais de 90 países inscritos. "O Agente Secreto" tem armas: atuação de gala, direção premiada, tema universal (conspiração, poder, liderança) e um diretor já conhecido no circuito internacional. Mas também carrega o risco de ser lido como “muito brasileiro” demais para os votantes de Hollywood — ou, ao contrário, “muito ocidentalizado” para os defensores de um cinema genuinamente periférico.

Independentemente do resultado em março de 2026, uma coisa é certa: o Brasil voltou a falar alto no cinema mundial . E desta vez, não com samba, nem com favela, nem com exotismo — mas com inteligência, tensão e uma pergunta que ecoa além das fronteiras: até onde vamos para proteger a democracia?


Ficha Técnica

Título: O Agente Secreto

Direção: Kléber Mendonça Filho

Roteiro: Kléber Mendonça Filho & Juliano Dornelles

Elenco: Wagner Moura, Marjorie Estiano, Silvero Pereira, Matheus Nachtergaele

País: Brasil

Ano: 2025

Gênero: Thriller político

Drama Representante oficial do Brasil ao Oscar 2026

Melhor Filme Internacional


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TEATRO

TEATROS DO BRASIL

TEATRO GUAÍRA - CURITIBA - PARANÁ


A origem do Teatro Guaíra remonta à segunda metade do século XIX, quando a Assembleia Provincial doa à Sociedade Teatral Beneficente União Curitibana terreno para a construção do Theatro São Theodoro, nome dado em homenagem a Theodoro Ébano Pereira, fundador da cidade de Curitiba. O terreno era o mesmo onde hoje está a Biblioteca Pública do Paraná, na rua Dr. Muricy.

O Theatro São Theodoro é inaugurado mais de dez anos depois da colocação da pedra fundamental, em 28 de setembro de 1884, lotando plateias, camarotes e galerias. Por dez anos é o centro da vida cultural de Curitiba. Com a chegada da Revolução Federalista ao Paraná em 1894, as apresentações artísticas são suspensas. As dependências do teatro transformam-se em prisão dos rebeldes pelas forças legalistas e o São Theodoro entra em decadência. Essa situação permanece até 1900, quando é reinaugurado com o nome de Theatro Guayrá.

  

 Em 1939 o Theatro Guayrá é demolido e, ao mesmo tempo, inicia-se campanha pela construção de um teatro oficial na cidade, liderada pela Academia Paranaense de Letras. O projeto para a construção do teatro é escolhido no final dos anos 40 e a construção iniciada em 1952. Nessa década, o Paraná experimenta o apogeu da economia do mate e na região norte o início da expansão cafeeira a partir do Estado de São Paulo.


A economia em expansão aliada a um contexto político favorável, como foi o governo de Bento Munhoz da Rocha Neto, contribuem para que a década de 50 seja para Curitiba um período de expressiva evolução cultural. Nessa época, além do Teatro Guaíra, são idealizados outros tantos projetos, como  a Biblioteca Pública do Paraná e o Centro Cívico.

 

O projeto arquitetônico do atual Teatro Guaíra é do engenheiro Rubens Meister (1922 – 2009), um dos precursores da arquitetura moderna no Paraná e um dos responsáveis pela implantação do curso de Arquitetura na UFPR, em 1962. Rubens Meister é também autor de prédios importantes como o Panteão dos Heróis da Lapa (1943), o Auditório da Reitoria UFPR (1956), o Centro Politécnico (1956), o Edifício Barão do Rio Branco (1958), a Prefeitura Municipal de Curitiba (1969), a Estação Rodoferroviária de Curitiba (1976), o Centro de Atividades do SESC da Esquina (1985) e a restauração do Palácio Avenida (1990).

 

A construção do Teatro Guaíra é iniciada em 1952 e em 1954 é inaugurado o primeiro de três auditórios que compõem o edifício: o Auditório Salvador de Ferrante, o Guairinha, onde, em 1955, já acontecem as primeiras apresentações. O grande auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, também conhecido como Guairão, cuja inauguração estava prevista para 1971, é aberto em dezembro de 1974, depois de ser reconstruído após um incêndio em abril de 1970, que o deixou substancialmente destruído.

 

Em 28 de agosto de 1975 é inaugurado o último auditório, Glauco Flores de Sá Brito, o Miniauditório, completando o projeto do complexo cultural, que a partir de então passava a se chamar Fundação Teatro Guaíra. O espaço total dos auditórios passa a ser de 16.900 metros quadrados, com uma capacidade total de 2.757 lugares.


O Centro Cultural Teatro Guaíra se tornou um dos maiores complexos culturais da América Latina e tem atualmente quatro corpos artísticos: a Escola de Dança Teatro Guaíra, o Balé Teatro Guaíra, a Orquestra Sinfônica do Paraná e o G2 Cia. de Dança.

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sábado, 5 de julho de 2025

CARLOS NATIVIDADE - Mister Brasil International 2025



CARLOS NATIVIDADE 
MISTER BRASIL INTERNATIONAL 2025

Carlos Natividade: O Homem que Carrega o Brasil no Peito e os Sonhos no Horizonte


Num mundo onde a beleza muitas vezes é reduzida aos padrões superficiais, Carlos Natividade surge como uma figura que transcende as convenções. Com sua postura impecável, olhar determinado e sorriso acolhedor, ele não apenas conquistou o título de Mister Brasil International 2025 , mas também se tornou um símbolo de força, resiliência e representatividade. Agora, prestes a embarcar para as Filipinas como embaixador brasileiro no Mister International 2025, Carlos revela-se como muito mais do que um rosto bonito: é um homem com propósito, alma de educador e coração de visionário.






Um Sonho Maior do Que Ele Mesmo

Quando Carlos Natividade subiu ao palco pela primeira vez, anos atrás, ele sabia que estava iniciando algo maior do que si próprio. “Esse desafio representa a realização de um grande sonho e, ao mesmo tempo, a expansão do meu propósito”, confessa. Para ele, ser Mister vai além da estética ou das luzes dos holofotes. É sobre levar ao mundo a essência do Brasil: sua diversidade, calor humano e riqueza cultural.

Nascido no Nordeste e criado em Brasília, Carlos aprendeu desde cedo o valor da superação. Seu percurso até aqui foi marcado por dúvidas, quedas e vitórias silenciosas. “O momento mais difícil foi lidar com a dúvida interna: será que eu sou bom o suficiente?”, relembra. Mas foi justamente essa inquietação que moldou o concorrente que ele é hoje – resiliente, autêntico e preparado para enfrentar qualquer desafio.



A Beleza que Inspira e Transforma


Carlos sempre defendeu que "ser Mister é muito mais do que beleza". Essa visão ganha ainda mais profundidade quando se conhece sua trajetória acadêmica. Formado em Educação Física, ele enxerga o corpo como um instrumento de expressão, saúde e impacto social. “Minha prioridade é estar bem comigo mesmo, com energia, vitalidade e equilíbrio”, explica. Para ele, beleza que adoece não é beleza – e é exatamente essa filosofia que ele pretende divulgar pelo mundo.

Combinando sua formação com sua imagem pública, Carlos planeja usar sua visibilidade para promover a prática de atividade física como estilo de vida acessível. Oficinas, campanhas e conteúdos educativos estão entre seus projetos futuros, todas as carruagens para inspirar jovens a cuidarem de si mesmos – tanto fisicamente quanto emocionalmente.



Quebrando Paradigmas e Ampliando Narrativas

Nos últimos anos, os concursos de beleza masculina passaram por transformações significativas, abrindo espaço para diferentes corpos, culturas e identidades. E Carlos está na vanguarda dessa mudança. “Esses eventos são marcos de uma nova era”, afirma. "Eles mostram que ser homem vai muito além de um corpo padrão; envolve sensibilidade, empatia, diversidade e coragem."

Para aqueles que se sentem inseguros em relação ao próprio corpo, mas nutrem o desejo de entrar nesse universo, Carlos tem uma mensagem poderosa: "Não espere estar 'perfeito' para começar. A verdadeira transformação começa com a coragem de se permitir." Sua história é a prova de que o que realmente importa é uma disciplina, uma atitude e uma capacidade de evoluir no próprio ritmo.


Carregando o Brasil para o Mundo


Representar o Brasil fora do país é, para Carlos, uma honra e uma missão. "Levar o Brasil no peito é carregar uma diversidade imensa, um calor humano único e uma história que inspira", diz. Suas metas internacionais vão muito além do concurso: ele quer abrir portas para outros jovens brasileiros, quebrar estereótipos e usar essa visibilidade para fomentar projetos sociais e esportivos ao redor do mundo.

Seu legado, segundo ele próprio, será o de um Mister que foi além da estética. Um homem que usou a faixa para representar milhões de brasileiros com orgulho, empatia e atitude. “Quero inspirar jovens a acreditarem que sua origem não define seus limites e que o Brasil pode estar em qualquer pódio do mundo”, declara.


O Futuro que já está em Construção


Enquanto se prepara para o Mister International nas Filipinas, Carlos já traça planos para o futuro. Além de continuar sua atuação em concursos, ele também desenvolverá um projeto direcionado à saúde e autoestima de jovens em comunidades carentes. “Quero levar esporte, bem-estar e informação onde muitas vezes não chegam”, revela. Também pensa em seguir na comunicação e TV, levando seu propósito para novos formatos e alcançando ainda mais pessoas.

Se você tivesse escolhido uma palavra para definir sua trajetória até aqui, seria "resiliência". Já para descrever seus próximos passos, ele optou por "expansão". “Quero crescer, impactar e ir além do palco, levando essa missão para onde for”, conclui.


A Frase que Define Carlos Natividade


Ao final de nossa conversa, perguntamos qual frase melhor resume Carlos Natividade em 2025. Sua resposta é certa: "Disciplina constrói o que o talento sozinho não sustenta."

Essa máxima reflete quem ele é: um homem que, com esforço, entrega e propósito, construído um caminho extraordinário. Carlos Natividade não é apenas um representante do Brasil – ele é um exemplo de como sonhos distantes podem se tornar realidade quando se tem coragem para perseguir e disciplina para persistir.

No palco internacional, ele não estará apenas competindo; provarei que, sim, valeu a pena não desistir.

Instagram Carlos Natividade


 * Em tempo: Fotos de Arquivo de Carlos Natividade.


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LIVROS INFANTIS
O PODER DE TRANSFORMAR SERES HUMANOS

O Poder dos Livros Infantis: Transformando Seres Humanos desde Cedo. Com ênfase em "Cisquinho, o Pequeno Vereador", de Arnaldo Silveira

Desde os primeiros anos de vida, as histórias que contamos às crianças têm o poder de moldar suas percepções, valores e sonhos. Os livros infantis, além de entreter, desempenham um papel essencial na formação de cidadãos conscientes, empáticos e criativos. Entre tantas obras que se destacam nesse universo mágico da literatura infantojuvenil, "Cisquinho, o Pequeno Vereador”, do autor Arnaldo Silveira, surge como uma joia rara: uma narrativa encantadora que não apenas diverte, mas também educa e inspira as novas gerações a refletirem sobre temas fundamentais como cidadania, liderança e participação social.


A Importância dos Livros Infantis no Desenvolvimento Humano

Os livros infantis são muito mais do que páginas ilustradas com personagens cativantes. Eles são ferramentas poderosas para transmitir valores, ensinar lições de vida e estimular a imaginação. Ao longo das histórias, à medida que as crianças aprendem a compreender o mundo ao seu redor, desenvolvem empatia ao se colocarem no lugar dos personagens e constroem bases éticas que as acompanham por toda a vida.

Estudos mostram que a leitura na infância é capaz de influenciar positivamente diversas áreas do desenvolvimento humano, como a linguagem, o raciocínio crítico e até as mesmas habilidades socioemocionais. Além disso, os livros infantis podem ser usados ​​como instrumentos pedagógicos para abordar temas complexos – como política, meio ambiente e igualdade – de forma acessível e lúdica.

Nesse contexto, “Cisquinho, o Pequeno Vereador” se destaca como uma obra que vai além do entretenimento, apresentando as crianças ao universo da política e da responsabilidade social de maneira leve e envolvente.


Cisquinho, o Pequeno Vereador: Uma História que Inspira Futuros Líderes

Escrito por Arnaldo Silveira, "Cisquinho, o Pequeno Vereador" narra a história de um garoto curioso e engajado que decide fazer a diferença em sua comunidade. Apesar de sua pouca idade, Cisquinho percebe que pequenas ações podem gerar grandes transformações. Ele começa a observar os problemas ao seu redor – como falta de limpeza nas ruas, dificuldades na escola e carência de espaços de lazer – e decidir agir, tornando-se uma voz ativa em sua cidade.

A obra é uma verdadeira aula de cidadania. Através das aventuras de Cisquinho, as crianças aprendem sobre democracia, participação popular e a importância de exercer seus direitos e deveres. O protagonista mostra que qualquer pessoa, independentemente da idade ou posição social, pode contribuir para melhorar o mundo à sua volta.

Arnaldo Silveira, conhecido por sua sensibilidade em abordar temas sociais, utiliza uma linguagem simples e acessível, sem perder a profundidade das questões apresentadas. As artes vibrantes e coloridas complementam a narrativa, capturando a atenção dos pequenos leitores e tornando a leitura uma experiência prazerosa.


Por que ensinar política às crianças?

Muitos adultos podem questionar a relevância de falar sobre política para crianças. No entanto, é justamente na infância que começamos a formar nossos valores e princípios. Ao apresentar conceitos como representatividade, diálogo e coletividade, estamos ajudando as crianças a se tornarem adultos mais conscientes e engajados.

"Cisquinho, o Pequeno Vereador" traz esse debate de forma brilhante. O livro não apenas explica o funcionamento básico da política, mas também enfatiza a importância de ouvir os outros, trabalhar em equipe e buscar soluções criativas para problemas reais. Para Arnaldo Silveira, "política é, antes de tudo, cuidar das pessoas e do espaço onde vivemos. Quando ensinamos isso às crianças, estamos plantando sentimentos de esperança para o futuro."


Impacto Social e Educacional da Obra

Além de conquistar corações e mentes, “Cisquinho, o Pequeno Vereador” tem sido amplamente utilizado por educadores e instituições como recurso didático. Os professores relatam que a obra facilita o diálogo com os alunos sobre temas que muitas vezes parecem distantes ou complicados. “As crianças se identificam com o Cisquinho porque ele é como elas: curiosas, determinadas e cheias de ideias. Isso as motiva a pensar em como podem fazer a diferença em suas próprias realidades”, afirma Maria Clara Oliveira, professora de uma escola pública em Minas Gerais.

A obra também tem despertado interesse entre pais que buscam alternativas para educar seus filhos de forma integral. "Eu queria algo que fosse divertido, mas também tinha conteúdo relevante. 'Cisquinho' foi perfeito para isso. Meu filho começou a perguntar sobre o que podemos fazer para melhorar nosso bairro, e isso me deixou muito orgulhosa", conta Camila Santos, mãe de um menino de 8 anos.


Um Convite à Reflexão e à Ação

Ao final da leitura de "Cisquinho, o Pequeno Vereador" , fica claro que o objetivo do autor não é apenas contar uma história, mas provocar reflexões inspiradas e ações concretas. Arnaldo Silveira acredita que cada criança tem o potencial de ser um agente de mudança, e sua obra é uma homenagem a essa capacidade inerente às novas gerações.

Para quem ainda não conhece o livro, vale a pena mergulhar nessa jornada encantadora e transformadora. E para aqueles que já o leram, a missão é transmitida sua mensagem. Como diz Cisquinho em uma de suas falas: "Se nos preocupamos com alguém que esteja proximo a gente, é possível que este alguém se preocupe com alguém proximo dele!"


Conclusão: Plantando Sementes para um Futuro Melhor

Os livros infantis são, sem dúvida, ferramentas poderosas para moldar mentes e corações. E quando uma obra como "Cisquinho, o Pequeno Vereador" entra em cena, ela não apenas encanta, mas também educa e inspira. Arnaldo Silveira nos lembra que cada criança carrega dentro de si a capacidade de transformar o mundo – e cabe a nós, adultos, dar-lhes as ferramentas necessárias para isso.

Que "Cisquinho" seja apenas o começo de uma nova era de literatura infantil comprometida com a formação de cidadãos conscientes e engajados. Afinal, o futuro começa nas páginas de um livro.

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CINEMA
O BRASIL EM FOCO

O Cinema Brasileiro em Alta: Um Panorama Global de Sucesso e Reconhecimento

Nos últimos anos, o cinema brasileiro tem conquistado um lugar de destaque no cenário internacional. Com produções que abordam temas universais, narrativas profundamente humanas e estéticas inovadoras, filmes nacionais têm chamado a atenção de críticas, festivais e plateias ao redor do mundo. De Cannes a Hollywood, os cineastas brasileiros estão provando que o Brasil não é apenas uma potência cultural, mas também um celeiro de talentos capazes de competir lado a lado com as maiores produções cinematográficas globais.


Um Ano Histórico: O Cinema Brasileiro no Topo

2025 será lembrado como um marco para o cinema brasileiro. Após décadas de luta por visibilidade, investimento e reconhecimento, o país finalmente viu suas produções brilharem nos palcos mais prestigiados do mundo. Entre os destaques está "Ainda Estou Aqui" , dirigido por Fernando Meirelles e estrelado por Fernanda Torres, que fez história ao se tornar o primeiro filme brasileiro a vencer o Oscar de Melhor Filme . A obra, que narra a trajetória de Eunice Paiva após perder o marido para uma ditadura militar, emocionou plateias globais e foi amplamente elogiada por sua narrativa poderosa e atuação magistral.

Além disso, outros filmes brasileiros também conquistaram prêmios importantes em festivais internacionais:

  • "Raízes do Sertão" , dirigido por Juliana Paes, recebeu o Prêmio do Público no Festival de Toronto . A produção retrata a vida das comunidades rurais nordestinas e explora questões como migração, identidade e preservação cultural.
  • "Floresta Encantada" , uma animação dirigida por Alê Abreu (criador de O Menino e o Mundo ), foi indicada ao Oscar de Melhor Animação e venceu o Cristal de Melhor Longa-Metragem no Festival de Annecy , considerado o "Oscar da animação".
  • "Vozes do Silêncio" , um documentário sobre mulheres indígenas na Amazônia, levou o Prêmio de Melhor Documentário no Festival de Tribeca , destacando-se pela sua abordagem sensível e urgente sobre questões ambientais e sociais.

Esses títulos demonstram a diversidade temática e estilística do cinema brasileiro atual, que consegue dialogar tanto com o público local quanto com audiências globais.


Diretores Brasileiros: Um Time de Gênios

Os diretores brasileiros estão cada vez mais presentes nos holofotes internacionais, sendo reconhecidos por suas narrativas inovadoras e técnicas cinematográficas arrojadas. Além de nomes já consagrados, como Fernando Meirelles ( Cidade de Deus , Ensaio sobre a Cegueira ) e Walter Salles ( Central do Brasil , Diários de Motocicleta ), uma nova geração de cineastas está ganhando espaço:

  • Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles , dupla responsável por Bacurau (2019) e Aquarius (2016), continuam influenciando o debate global sobre resistência política e cultura popular. Seus filmes são exibidos em festivais como Cannes e Sundance, recebendo prêmios e aclamação crítica.
  • Karim Aïnouz , diretor de A Vida Invisível (2019), foi ovacionado em Cannes e continua a explorar histórias de personagens femininas com sensibilidade e profundidade.
  • Júlia Murat , conhecida por Pendular (2017) e Histórias que Só Existem Quando Lembradas (2011), tem sido celebrada por seu estilo minimalista e poético, conquistando prêmios em festivais europeus.
  • Alê Abreu , cuja animação O Menino e o Mundo foi indicada ao Oscar, continua a encantar o público com suas criações visuais únicas e mensagens universais.

Esses diretores representam a diversidade criativa do Brasil, mostrando que o cinema nacional pode ser ao mesmo tempo intimista e grandioso, local e universal.


Atores e Atrizes: Talentos Globais

Os atores e atrizes brasileiros também estão deixando sua marca no mundo. Em 2025, Fernanda Torres entrou para a história ao conquistar o Oscar de Melhor Atriz por sua interpretação em "Ainda Estou Aqui" . Sua atuação foi descrita como "uma masterclass de emoção contida e força silenciosa", consolidando-a como uma das maiores atrizes da atualidade.

Outros nomes brasileiros também são destacados:

  • Wagner Moura , conhecido internacionalmente por sua atuação em Narcos e Marighella (2019), continua a ser um ícone global. Seu trabalho como diretor também vem ganhando reconhecimento, especialmente com o documentário Sob Pressão , que aborda o sistema de saúde brasileiro.
  • Alice Braga , sobrinha de Sonia Braga, tem construído uma carreira sólida em Hollywood, participando de produções como Queen of the South e The Suicide Squad . Ela também retornou às raízes brasileiras com papéis marcantes em filmes como Era uma Vez um Crime .
  • Carolina Dieckmann , Débora Falabella e Camila Pitanga têm séries e filmes protagonizados internacionalmente, levando o charme e as peculiaridades do talento brasileiro para novos públicos.

Além disso, jovens atores como João Pedro Zappa e Valentina Herszage estão conquistando espaço em produções independentes e internacionais, provando que o futuro do cinema brasileiro está em boas mãos.


Prêmios e Reconhecimento Global

O sucesso do cinema brasileiro no exterior não é apenas uma questão de visibilidade; ele também reflete uma série de conquistas significativas em premiações internacionais. Desde o icônico Oscar de Melhor Diretor para Fernando Meirelles por Cidade de Deus até os recentes triunfos de Bacurau e Ainda Estou Aqui , o Brasil tem mostrado que pode competir em qualquer categoria.

Destacam-se ainda os seguintes prêmios:

  • Palma de Ouro (Cannes): Bacurau dividiu o prêmio em 2019, marcando um momento histórico para o cinema nacional.
  • Urso de Prata (Berlim): Tropa de Elite (2008) e Aquarius (2016) foram premiados neste festival renomado.
  • Globo de Ouro : Filmes como Central do Brasil e Diários de Motocicleta específicos , aumentando a visibilidade internacional do Brasil.
  • Emmy Internacional : Séries brasileiras como 3% e Cidade Invisível foram reconhecidas por sua qualidade técnica e narrativa.

Esses prêmios não apenas elevam o status do cinema brasileiro, mas também incentivam novos produtores e cineastas a investirem em histórias autenticamente nacionais.


Desafios e Perspectivas Futuras

Apesar dos sucessos recentes, o cinema brasileiro ainda enfrenta desafios importantes. A falta de financiamento governamental, a burocracia para aprovação de projetos e a concorrência com blockbusters estrangeiros são obstáculos que dificultam a sustentabilidade da indústria. No entanto, a união entre cineastas, distribuidoras independentes e plataformas digitais tem sido crucial para viabilizar novas produções.

Plataformas como Netflix, Amazon Prime e HBO Max são investidas em conteúdo brasileiro, permitindo que filmes e séries alcancem audiência global. Produções como 3% , Sintonia e Invisível demonstram o potencial do streaming para expandir o alcance do cinema nacional.


Conclusão: O Futuro do Cinema Brasileiro

O cinema brasileiro está vivendo um momento de ouro, com filmes, diretores, atores e atrizes sendo realizados em todo o mundo. Mais do que entretenimento, essas produções são reflexos de nossa identidade, memória e cultura, oferecendo ao mundo uma visão única sobre o Brasil e seus desafios.

Que este seja apenas o começo de uma era de borboletas para o cinema nacional. Com talento, criatividade e apoio adequado, o Brasil tem tudo para continuar a inspirar e emocionar placas globais por muitos anos. Afinal, o cinema não é apenas uma arte – é uma ferramenta poderosa de transformação social, cultural e política.

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TEATRO
A DESTRUIÇÃO DOS TEATROS! POR QUÊ?


Fim de Uma Era: A Destruição dos Teatros em São Paulo e o Lamento Pelo Fecho da Cultura

Nos últimos anos, São Paulo – a maior metrópole do Brasil e um dos maiores epicentros culturais do país – tem assistido a uma triste realidade: o fechamento e a destruição de espaços icônicos que marcaram gerações. Entre esses casos emblemáticos estão o Teatro de Contêineres e o histórico Teatro Oficina , dirigido por Zé Celso Martinez Corrêa. Esses eventos não apenas simbolizam perdas arquitetônicas e artísticas, mas também refletem os desafios enfrentados pela cultura brasileira em um cenário de desafio político, especulação imobiliária e falta de investimento.


O Colapso do Teatro de Contêineres: Um Projeto Inovador Silenciado

O Teatro de Contêineres , localizado na região central de São Paulo, foi uma iniciativa inovadora que transformou materiais recicláveis ​​em arte. Criado pelo grupo Os Satyros , liderado por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, o espaço era uma resposta criativa à escassez de verbos para a construção de teatros tradicionais. Composto por contêineres atraentes estrategicamente, o teatro oferece uma programação diversificada, abrigando desde espetáculos alternativos até performances experimentais que desafiavam as convenções.

No entanto, após anos de resistência, o Teatro de Contêineres foi demolido em 2018 para dar lugar a um empreendimento imobiliário. A decisão gerou revolta entre artistas, críticos e moradores da cidade. Para muitos, o caso representou um símbolo claro do debate entre cultura e mercado. "Era mais do que um teatro; era um laboratório de ideias e um ponto de encontro para quem acreditava no poder transformador da arte", lamenta Ivam Cabral.

A demolição do Teatro de Contêineres expõe uma questão dolorosa: enquanto grandes construtoras prosperam, os pequenos projetos culturais lutam para sobreviver. Sem políticas públicas propostas ou incentivos fiscais adequados, muitos desses espaços acabam sucumbindo à pressão econômica.


Teatro Oficina: O Último Capítulo de uma História Centenária?

Outro marco cultural ameaçado é o lendário Teatro Oficina , fundado por Zé Celso Martinez Corrêa em 1958. O Oficina é muito mais do que um teatro: é um santuário de vanguarda artística brasileira, palco de produções que redefiniram os limites da dramaturgia nacional. Espetáculos como "O Rei da Vela" e "Macunaíma" tornaram-se referências obrigatórias para qualquer estudante de teatro, enquanto sua estrutura arquitetônica única, projetada por Lina Bo Bardi, é considerada patrimônio cultural.

Infelizmente, o futuro do Teatro Oficina está sob constante ameaça. Desde os anos 1980, o espaço vem sendo disputado judicialmente com o Grupo Silvio Santos, que desejava erguer um shopping center no local. Apesar de diversas campanhas nacionais e internacionais para salvar o teatro – incluindo manifestações de artistas renomados como Caetano Veloso e Gilberto Gil –, a batalha ainda não chegou ao fim.

Em setembro de 2023, o Tribunal Regional Federal (TRF-3) determinou que o terreno pertence ao Grupo Silvio Santos, mas permitiu que o teatro permanecesse funcionando enquanto houvesse recursos pendentes. No entanto, há uma incerteza dupla sobre o destino do espaço. Para Zé Celso, trata-se de uma luta existencial. “Não estamos defendendo apenas um prédio, mas a alma da cultura brasileira”, declarou ele em entrevista recente.


Um Retrato Maior: O Declínio Cultural de São Paulo

O fechamento do Teatro de Contêineres e a possível destruição do Teatro Oficina são apenas dois exemplos de uma aparência mais ampla. Nos últimos anos, vários outros teatros, cinemas e galerias independentes foram fechados ou transformados em estabelecimentos comerciais. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, cerca de 30% dos equipamentos culturais da cidade desapareceram nas últimas décadas, vítimas da especulação imobiliária e da falta de apoio governamental.

A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais essa situação. Durante os longos períodos de isolamento social, muitos artistas e coletivos tiveram que encerrar suas atividades devido à ausência de público e financiamento. Mesmo após a reabertura dos espaços culturais, poucas iniciativas foram tomadas para revitalizar o setor.

Para especialistas, a solução passa por uma combinação de medidas urgentes. Primeiro, é necessário implementar políticas públicas que garantam a preservação de patrimônios culturais e incentivem novos projetos. Segundo, deve-se fortalecer o diálogo entre governo, empresas privadas e sociedade civil para criar mecanismos de fomento sustentável. Por fim, é fundamental sensibilizar a população sobre a importância da cultura como motor de desenvolvimento humano e urbano.


Uma Chama Que Não Pode Se Apagar

Embora o panorama seja sombrio, há esperança no horizonte. Movimentos como o Salvem o Teatro Oficina continuam mobilizando milhares de pessoas, enquanto coletivos independentes buscam alternativas criativas para manter a chama da arte viva. Além disso, eventos como a Virada Cultural e shows teatrais itinerantes demonstram que a paixão pelo teatro ainda pulsa nas ruas de São Paulo.

No entanto, o futuro depende de escolhas conscientes. Como disse Zé Celso certa vez: "A arte é o sangue que corre nas veias da cidade." Se quisermos que São Paulo continue sendo um farol cultural, precisamos proteger seus espaços, apoiar seus artistas e valorizar sua história. Afinal, sem cultura, perdemos não apenas nossos teatros, mas também nossa identidade.


Conclusão: O fechamento e a destruição de teatros como o de Contêineres e o risco ao Teatro Oficina são alertas claros de que o Brasil precisa repensar suas prioridades. Enquanto a especulação imobiliária avança, a cultura clama por atenção. É hora de decidir se queremos uma cidade voltada apenas para o lucro ou um espaço onde a arte possa florescer livremente, inspirando gerações futuras.

 

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