sexta-feira, 10 de novembro de 2023

JORGE SANTOS Representatividade na Roça



ENTREVISTA COM O JOVEM INFLUENCIADOR MADE IN ROÇA

JORGE SANTOS

REPRESENTAVIDADE NA ROÇA 

Jorge, poderia nos contar um pouco sobre sua jornada como um jovem gay fortaleceu na roça? Como foi sua experiência em se assumir nesse ambiente?


Óia… falar um trem procê viu, no começo foi nada fácil! Houve retaliação familiar e no ambiente de trabalho. Com o tempo, memo eu se escondendo por medo de piadas ofensiva, eu sempre vivi quieto, isolado e sem amigos. Minha família sempre morou no mato e eu sempre acompanhei eles. Sempre fui alegre e divertido em qualquer lugar e isso ajudou a preservar amizades de colegas independente da orientação sexual e trabalho. E isso permanece igual nas redes sociais. Nunca precisei me “assumir”, foi algo natural.

Como as pessoas da comunidade na roça reagem à sua orientação sexual? Eles aceitaram e apoiaram?

Infelizmente o ramo do agronegócio é um ramo extremamente preconceituoso! Mais claro, o sol brilha pra todos! Então é possível sim viver num ambiente poluído com homofóbicos e machistas. Se ocê não quer sofrer nenhum preconceito pelos jeito seu, ou pela forma sua de falar e agir, é necessário as vezes “fingir” quem realmente ocê é quando estiver numa roda de viola entre colegas de trabalho. E se sentir que aquele lugar está desconfortável procê, é só levantar e escolher pessoas com quem ocê tem mais confiança e liberdade para conversar.

Como surgiu a ideia de se tornar um influenciador digital? Como você vê seu papel como influenciador na abordagem da diversidade sexual na roça?


Tudo começou há 2 meses atrás quando a TV Globo entrou em contato mais eu… querendo fazer uma entrevista para o Globo Rural com o tema diversidade no campo. Após a matéria ser exibida, milhares de pessoas que é apaixonado pelo campo ou que vive na mesma situação que eu, começaram a seguir eu no Instagram. Agora aproveito esse movimento de rede social para fazer vídeos respondendo comentários preconceituosos e críticos vindo de “héteros” que diz pra nois LGBT não estragar a tradição rural. São vídeos engraçados, humorísticos, irônicos de forma que prende a atenção dos seguidores.

Com mais de 70 mil seguidores em suas redes sociais, você alcançou uma audiência especial. Como você usa sua plataforma para educar e promover a acessibilidade da diversidade sexual?

Todos os dias recebo inúmeras mensagens dos seguidores, mensagens de carinho, apoio e de afeto. Recebo mensagens de pessoas desabafando parte de sua  história pessoal, pedindo conselho, e até elogiando a forma que uso o Instagram para fazer publicações que promove o respeito e a diversidade no campo. Tento mostrar a todos que gay não nasceu só pra brilhar! Nasceu pra cultivar, plantar, cuidar e criar…

 

Quais são algumas das maiores dificuldades que você enfrentou ou ainda enfrentou por ser gay na roça? Existe algum desafio específico que gostaria de compartilhar?

Sou um jovem muito discreto, seja no falar, na aparência e na vestimenta. Isso ajuda um pouco a equilibrar os desafios que os “machões brutos” que de dizem pai de família tradicional, colocam no caminho. Nunca sofri algum “preconceito” na roça, mais sempre tem aquelas piadas de colegas que as vezes alimenta uma mistura de homofobia nas brincadeiras. Acho que o desafio meu é continuar as vezes fingindo que sou gay para não levantar muita poeira no curral, pros peões depois não crucificar eu pelo que sou.


Onde você nasceu e como foi crescer nesse ambiente rural? Isso influenciou alguma forma de sua identidade como pessoa LGBTQ+?

Nasci dentro dum campo de futebol… Pode não parecer né! Meus pais eram caseiros de um campo de futebol na cidade de Uberaba MG. Desde então até meus 12 anos, eu sempre ajudava meu pai a cuidar e preservar o campo. Limpava as cabines, vestiários e jardins. Posso tá enganado, mais esse tipo de vida desencadeou meu interior por gostar de homens! Eu era o responsável pra ajudar a limpar os vestiários após uma partida de futebol. Entregava toalhas e sabonetes para os jogadores, eles andavam nu na minha frente, mais pra eu aquilo era tudo novo! Diferente! Eu tava conhecendo na verdade como era um corpo masculino.

Você já cometeu preconceito ou discriminação na roça devido à sua orientação sexual? Como você lida com essas situações?


Na internet nóis sabe que isso é um mundo onde ninguém é dono de ninguém! Por esse motivo, pessoas usam as redes sociais para atacar, difamar e espalhar ódio. Sempre quando vejo algum comentário desse tipo, eu excluo na hora. Gosto de comentários relevantes nas minhas publicações!

Qual conselho você daria para outros jovens LGBTQ+ que vivem em áreas rurais e podem enfrentar desafios semelhantes aos que você enfrentou?

Seja ocê memo! Mais vai com calma se oce mora na roça! Pois as vezes pode não ser o momento certo procê sair do armário, ou ser quem realmente ocê é! Eu sei que dói! Mais espera… vai chegar o momento certo! Se precisar ir pro mato chorar, vai. Se ocê sentir confiante no ambiente e nas pessoa são seu redor, então provavelmente pode ser um sinal de ocê pode se abrir aos poucos com as pessoas sobre sua opção sexual! Claro que isso não é uma obrigação dizer sobre as escolhas suas! Então, escolhe as pessoas certas para conversar.

Como sua família e amigos reagiram quando você se tornou gay? Eles foram um apoio importante para você?


Pelo fato de nunca precisar assumir nada pra ninguém sobre minhas escolhas e orientação sexual, muitos até já desconfiavam. Mais tiveram a certeza memo quando apresentei pela primeira vez meu namorado. Tive apoio e não tive ao memo tempo! Principalmente da família! Toda vez que meu namorado ia pra casa, todo mundo saía pra rua e só voltava quando ele ia embora. As vezes, só conversam com ele porque eu mendigava atenção da minha família pra conversar com ele. Dava pra vê que eles não se sentia bem… Mais hoje em dia tá tudo bem! Vivemos em paz e eles aceitam de boa.

Além de sua atuação como influenciador, você está envolvido em alguma iniciativa ou organização que promova a diversidade sexual ou ofereça apoio à comunidade LGBTQ+ na roça?

Enquanto a “FAMA” ainda não me encontra, eu continuo aqui… fazendo vídeos amadores e caseiros para meu Instagram. Divulgando a diversidade rural de forma carismática e educado, sem ofender à aqueles a quem nos ofende nas redes sociais por sermos gays da roça. Sem ter nenhuma referência ou ídolo a quem eu me inspirasse, eu tento levantar a bandeira do agro LGBT sozinho por enquanto… mais eu sei que não estou sozinho nessa luta! Quase 70 m pessoas tá junto mais eu! Infelizmente não participo de nenhuma ong, ou organização que ofereça apoio à comunidade LGBT seja no campo ou não. Mais estou disposto a servir e ajudar!

Fotos de acervo pessoal de Jorge Santos instagram @89jorgesantos 



 


segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Jonas Alexandre: A Jornada de um Modelo Brasileiro de sucesso na Europa


 

Jonas Alexandre: A Jornada de um Modelo Brasileiro de sucesso na Europa


Nas passarelas da moda e nas páginas das revistas de famosos, o nome de Jonas Alexandre se destaca como um exemplo de perseverança e determinação. O modelo brasileiro, que conquistou reconhecimento internacional na Europa, reflete sua notável jornada e sua visão de futuro com exclusividade.

 

O Início Prometedor

Jonas descreveu o início de sua carreira como modelo no Brasil como "uma trajetória boa". Ele ressaltou a importância da fé que seus agentes depositaram em seu talento, ajudando-o a traçar seu caminho.

 

Superando Desafios no Brasil

Participar de castings de moda no Brasil não foi sem desafios. Jonas observou que a moda brasileira muitas vezes valorizava mais os traços europeus e origens de classe social mais privilegiadas, o que acrescentou obstáculos ao seu percurso. Além disso, ele enfatizou que a indústria antigamente olhava para os modelos de maneira sexualizada antes de considerá-los como profissionais, “hoje em dia com a popularização da moda e dos modelos o mercado é mais de boa”, comemora Jonas Alexandre.

 

A Construção de uma Carreira Internacional


A oportunidade de se tornar um modelo internacional na Europa não surgiu da noite para o dia. Jonas iniciou sua jornada na Índia, onde, com determinação e fé, construiu seu próprio caminho, buscando constantemente o aprimoramento, tanto físico quanto profissional.

 

Diferenças Notáveis

A transição da moda brasileira para a Europa revelou diferenças marcantes. Jonas destacou que na Europa, todos os modelos são respeitados, independentemente de seus antecedentes, e que os pagamentos são mais justos.

 

Adaptação na Turquia

 

Questionado sobre sua adaptação à vida e ao trabalho como modelo na Turquia, Jonas, com seu alto nível de adaptação, preferiu não fazer comentários, dada sua experiência limitada no Brasil.


 

Conselhos para Modelos Brasileiros

Aqueles que desejam seguir os passos de Jonas receberam conselhos valiosos: comprar uma passagem, enfrentar o medo e a saudade, aprender o básico do inglês e promover o espírito de equipe.

 


Desafios de uma Vida Nômade

Como um modelo que viaja constantemente, Jonas destacou que estar longe da família e dos amigos e a ausência de um lugar fixo para chamar de lar são desafios significativos.

 

Cuidados e Preparação Essenciais

Ao viajar para trabalhar em outros países, Jonas enfatizou a importância de cuidar da pele, manter a forma física, ter um portfólio com fotos profissionais e contar com um fundo de reserva.

 


Aspectos Gratificantes de uma Carreira Internacional

Para Jonas, a sensação de ver suas fotos nas ruas da Europa é uma das recompensas mais gratificantes e surreais.

 

Lidando com a Pressão e Expectativas

Para enfrentar a pressão e as expectativas da indústria da moda, Jonas segue seu próprio caminho, evitando ser influenciado pelas instabilidades do mercado.

 

foto: Maurizo Montany

Momentos Memoráveis

Entre os momentos mais marcantes de sua carreira, Jonas promissor desfilou para Philipp Plein e apareceu na capa da revista Desnudo Itália.

 

A Maior Lição Aprendida

Ele descobriu uma lição valiosa: a lei da atração é real, mas o sucesso requer esforço compartilhado entre o indivíduo e a fé.

 

O Futuro Brilhante

Jonas acredita que sua melhor fase ainda está por vir, com expectativa de reconhecimento e sucesso. No entanto, ele não busca fama e glamour, mas sim felicidade e respeito.

 

Metas e Aspirações Futuras

Suas metas incluem trabalhar com fotógrafos renomados e consolidar sua presença em Londres e Milão.

 


Experiências Memoráveis ​​com Grandes Marcas

Entre as experiências inesquecíveis, destaque estar ao lado do rapper americano Tyga e compartilhar o palco com a esposa de Will Smith durante um desfile de moda.

 

Motivação e Inspiração

Jonas encontra sua motivação na certeza de que seu sucesso depende dele e na esperança de sua família. Sua determinação é um testemunho de que é possível superar os obstáculos pelo sistema.

 


Elementos-Chave para o Sucesso

Para ser um modelo internacional de sucesso, Jonas acredita que simpatia, fé e dedicação são essenciais.

 

Exploração de Novos Horizontes

Além da modelagem, Jonas planeja explorar a atuação e ajudar outros que desejam trilhar o caminho da modelagem.

 

Representatividade na Moda

Jonas destacou a importância da representatividade na indústria da moda e acredita que os brasileiros são amados na Europa, sendo a alegria de viver de sua cultura uma representação valiosa em um cenário de moda diversificado.

 

A história de Jonas Alexandre é uma inspiração para todos que buscam seguir seus sonhos e conquistar o sucesso. Sua determinação e foco no que é realmente importante - a felicidade e o respeito - são um exemplo de como a perseverança e a fé podem levar ao reconhecimento internacional.

Fotos de capa e ilustração da entrevista são do arquivo pessoal do entrevistado Jonas Alexandre.



SOCORRO!
CRIANÇAS PALESTINAS E ISRAELENNSES EM PERIGO


Neste momento de profunda tristeza e angústia na Faixa de Gaza, é fundamental lembrar que crianças palestinianas e israelenses são as maiores vítimas desse conflito devastador. Elas merecem um futuro de paz, amor e esperança, onde suas perguntas inocentes não sejam sobre a morte, mas sobre a vida.

Para as crianças de Gaza, que enfrentam o horror da guerra, saibam que o mundo vê e ouve suas perguntas. Vocês não estão sozinhos. O sofrimento que vocês enfrentam é inimaginável, mas sua coragem e resiliência são promessas. Não é justo que vocês tenham que carregar o peso de um conflito que não escolheram.

Para as crianças israelenses, que também vivem com o medo e a incerteza, lembrem-se de que a paz é um objetivo que todos devemos perseguir. O futuro de vocês está intrinsecamente ligado ao futuro das crianças de Gaza. Juntos, vocês podem trabalhar para construir um mundo onde a convivência seja pacífica, seja a norma, não a exceção.

Às famílias e comunidades de ambos os lados, pedimos que considerem o impacto devastador que esse conflito tem sobre as crianças. Elas precisam viver em um ambiente seguro, cercadas por amor e oportunidades. O ciclo de violência e sofrimento só pode ser quebrado quando a paz e o diálogo prevalecerem.


Nossos corações estão com todas as crianças da Palestina e de Israel.
Que um dia, em breve, elas possam desfrutar de um futuro onde suas perguntas sejam sobre sonhos, amizade e esperança, e não sobre a guerra e a morte.

Imagens retiradas da internet.


Mussum:

O Filme acerta ao priorizar o lado humano do artista

Quase nenhuma cinebiografia passa ilesa de críticas. Seja por explorar demais as polêmicas de um indivíduo ou por usar de menos a tal fidelidade histórica, levar a trajetória de um ídolo amado (ou odiado) para que as telas sempre causem polêmicas. No caso de Mussum: O Filmis, a falta de detalhes sobre os principais momentos da vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, popularmente conhecido como Mussum, não é capaz de quebrar força de seu elenco.


Nascido e criado nas favelas do Rio de Janeiro, Carlinhos, como era chamado antes de se tornar o ídolo de Os Trapalhões, era uma criança destinada ao estrelato.
A origem humilde nunca o impediu de buscar seus sonhos, e a influência da mãe, dona Malvina (Cacau Potássio/Neusa Borges) o levou a priorizar a educação para nunca ficar para trás em um país marcado pelo racismo e desigualdade.

Desde o início, o roteiro escrito por Paulo Cursino mostra que a prioridade de Mussum: O Filmis não é preparar o terreno para a entrada triunfal do comediante que marcou gerações. Aqui, Carlinhos é uma grande estrela, e sua trajetória é tão ou mais importante do que os feitos do artista na música, com Os Originais do Samba, ou na TV, com Os Trapalhões.

Dar ênfase em sua vida e dilemas pessoais faz com que as passagens pela vida pública de Mussum pareçam um tanto rasas. Com exceção da crise sobre continuar em Os Originais do Samba ou abraçar de vez o seu talento como humorista, todas as fases do artista na TV e no cinema passam rápido, mas não desapercebidas.

Sendo Mussum tão marcante para a TV brasileira, o diretor Silvio Guindane tomou a decisão acertada de dar mais ênfase ao nascimento do personagem e à veia cômica de Antônio Carlos que o fez ganhar, aos poucos, cada vez mais espaço como humorista. Da primeira participação em um programa ao lado de Grande Otelo (Nando Cunha) em parceria com Chico Anysio (Vanderlei Benardino) nos primórdios da Escolha do Professor Raimundo, ver o ídolo ganhar vida é um dos grandes méritos da produção.

Para quem se apaixonou por Mussum por seu trabalho em Os Trapalhões, o longa pode ficar aquém dos elogios que recebeu desde que iniciou sua trajetória em festivais. As conhecidas desavenças entre o grupo também formado por Didi (Gero Camilo), Dedé (Felipe Nunca Rocha) e Zacarias (Gustavo Nader), potencializadas pela ascensão quase meteórica do quarteto na Rede Globo, são apenas pinceladas em um filme no qual Carlinhos se permite ser o astro.

Ao não ficar refém do legado de Os Trapalhões, Ailton Graça tem espaço para brilhar como Carlinhos e como Mussum. Se Yuri Marçal e Thawan Lucas fazem apenas suas escaladas como a versão jovem do protagonista, Graça rouba para si todo o destaque. Em sua pele, Mussum deixa de ser apenas um personagem cômico e se torna um ícone apaixonante.

Embora seja a alma do filme, Graça tem em Neusa Borges uma força da natureza que eleva a qualidade da produção em cada cena em que aparece. Se Dona Malvina foi o motor que ajudou Antônio Carlos a se tornar o homem que conhecemos, a parceria da atriz com o protagonista injeta drama à narrativa e faz da dupla o maior trunfo do longa.

Passados ​​quase 30 anos da morte do astro, Mussum: O Filmis se prova uma cinebiografia necessária sobre um dos principais ícones do humor brasileiro. O trabalho de Mussum pode ser encontrado com uma breve pesquisa na internet, mas o longa cumpre muito bem a sua missão principal: apresentar Antônio Carlos Bernardes Gomes ao mundo. A prova disso são os Kikitos já recebidos pela produção "Mussum - O Filmis ganha Kikitis".

O longa "Mussum - O Filmis", que narra a trajetória de vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, foi o grande vencedor do Festival de Gramado de cinema. Na premiação, realizada no sábado (19) na cidade gaúcha, o filme – dirigido por Silvio Guindane – recebeu seis Kikitos: as estatuetas de melhor filme, melhor ator para Ailton Graça, melhor atriz coadjuvante para Neusa Borges, melhor ator coadjuvante para Yuri Marçal, melhor trilha musical, e melhor filme pelo júri popular.  


A Luz que faz magia no Teatro: O Oxigênio do Ator


O teatro é uma forma de arte única, onde os atores têm a responsabilidade de trazer à vida personagens e histórias diante de uma platéia ansiosamente.
Mas, o que muitas vezes passa despercebido é o papel fundamental da iluminação nesse processo. A luz no teatro não é apenas uma técnica, mas uma ferramenta que concentra a atenção do público no ator, permitindo que ele respire vida em seu personagem. A luz é a oxigênio do ator.

Quando a luz é usada com maestria, ela tem o poder de destacar o ator, enfatizando suas expressões faciais, movimentos e emoções. A platéia é naturalmente atraída para o ponto mais iluminado do palco, e é aí que a magia acontece. Quanto mais a luz destaca o ator, mais espaço ele tem para respirar, para se conectar com o público e para fazer seu personagem crescer diante dos olhos da audiência.


No entanto, assim como a oxigênio, a luz deve ser usada com moderação.
Se por excesso, você pode submergir o ator em auto exposição, tornando-o vulnerável demais. O equilíbrio é essencial. A luz deve realçar, mas não dominar. Deve revelar, mas não expor. É um jogo sutil de sombras e brilho, onde a luz e a escuridão se entrelaçam para criar uma experiência teatral envolvente.

A iluminação não é apenas uma questão técnica; é um aspecto crucial da expressão artística. Ela não apenas ilumina o palco, mas também confere sentido à criação teatral. A escolha dos núcleos, intensidades e habilidades da luz pode alterar dramaticamente a atmosfera de uma cena, transmitir emoções e fortalecer a narrativa. É uma linguagem silenciosa que dialoga com as palavras e ações dos atores.


Na última análise, a luz no teatro é uma parceria íntima entre o ator e a tecnologia.
Quando bem realizada, ela desaparece, permitindo que o público se envolva completamente na história e nos personagens. É a oxigênio que permite ao ator e à peça respirarem vida no palco, criando uma experiência mágica que fica na memória do público para sempre.